domingo, 18 de fevereiro de 2018

Intervenção para fugir da votação


O que se aprende em um momento destes de democracia da intervenção? Primeiro, que o País vive um momento exceção, muito embora queiram negar. Em verdade, vos digo, a intervenção na segurança do Rio de Janeiro foi uma forma de fuga da votação da Reforma da Previdência, cuja aprovação está por um fio. Colocar o Exército nas ruas em tempos de democracia, quaisquer que sejam as “desculpas”, é de uma violência tão grande quanto a violência dos bandidos. Afora que o Exército nas ruas, com licença, inclusive, para matar, cria, na população, a sensação de que “só o Exército” resolve. A democracia brasileira corre sérios riscos: este é o maior aprendizado. Muito embora, por enquanto, as pessoas se neguem a reconhecer. “Dar asas às cobras” não é o melhor a se fazer em uma democracia. Meus receios a respeito da continuidade do Golpe só aumentam.

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