quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

O crime de se fechar programas de Pós

Ainda sobre o tema da avaliação dos programas de Pós-graduação no País, a cargo da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), considero um crime de lesa-educação superior fechar programas de Pós-graduação, quaisquer que sejam, em especial, o Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação (PPGCCOM) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). E tenho dois motivos fundamentais para sustentar meus argumentos: mudança do jogo no meio do processo e corte quase que total nas verbas para os programas. Oras, como todo mundo sabe, a avaliação deixou de ser trienal e passou a ser quadrienal. O que parece um ganho aos programas cujo desempenho (em publicação, o que considero extremamente injusto) dos professores (e professoras) pode ser discutido, como é o caso do nosso Programa, torna-se um problema, porque, dilui ainda mais a produção. Se este argumento é técnico, o segundo, é o que considero um crime de lesa-educação. Houve o corte de 75% nos investimentos destinados aos programas de Pós-graduação no mesmo momento que as regras foram modificadas. Logo, quem corta verbas não a menor moral para cortar programas, uma vez que não houve recomposição aos níveis de 2013 (e, certamente, nunca mais haverá). Sem verbas, professores e estudantes tiveram as atividades de participação em Congressos, que geram as trocas essenciais à sobrevivência, próximas do zero. Certamente, haverá quem diga que se trata de “choro de perdedor”. Não me importo! Vejo, porém, que, especificamente, na Área de Ciências Sociais aplicadas, as pessoas calaram, se acomodaram diante das injustiças à espera, digamos, “de uma tomada de consciência”. Nada disso aconteceu até agora. Por isso, resolvi fazer uma série de provocações para tentar fazer com que os membros da comunidade pelo menos reflitam sobre o quanto é criminoso fechar um Programa de Pós-graduação na Amazônia: tanto quanto demitir arbitrariamente professores no eixo Rio-São Paulo. Não me calarei! Em nenhum dos casos.


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