O último
anúncio que recebemos nesta semana de desmonte da Pós-graduação no Brasil,
principalmente na área de Ciências Sociais Aplicadas, foi o de que a
Universidade Católica de Brasília (UCB) fechará seu mestrado acadêmico. Pasmem,
leitores e leitoras, o referido Programa teve sua nota elevada para 4 pelos
avaliadores da Coordenação Nacional de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (CAPES). Aos olhos dos avaliadores, portanto, um programa que “caminha
para a excelência”. Não convenceu, porém, os mantenedores, que optaram pela “descontinuidade”.
Deixaram, porém, aberta a possibilidade de os professores “remanescentes”
fazerem uma proposta de Mestrado Profissional, a “menina-dos-olhos” da CAPES e
de muita gente que gerencia o Sistema Nacional de Pós-graduação (SNPG). A pedra
cantada por mim há anos, inclusive, sempre que participei de reuniões, até na
CAPES, era de que o incentivo ao Mestrado Profissional enfraqueceria os
mestrados acadêmicos a ponto de fechá-los. Se alguém duvidava disso, a
realidade, muito provavelmente, começa a desfazer a dúvida. Está mais do que
evidente, que o MEC, via sua agência avaliadora e de fomento, não sabe o que
fazer com os “mestrados acadêmicos”. Para alguns “executivos”, eles nem
deveriam existir. Oras, mas, se não deveriam existir, porque continuam a ser
autorizados? Não seria mais honesto anunciar logo que é uma estratégia de
governo desmontar tudo o que existe e só deixar “de pé” aqueles que funcionam
nas ditas “instituições de excelência”. É desumano “flertar com a expansão”
durante anos e depois usar de subterfúgios para “desnatar” o sistema. É o que
se tem feito paulatinamente. E sob os olhares estupefatos e silenciosos de
muitas entidades que, só agora, ao que parecem acordaram do torpor. Antes
tarde, do que nunca!
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