quarta-feira, 7 de junho de 2017

Liberdade: a fantasia das universidades

Do atentado à liberdade de cátedra entendo bem. Fui covardemente agredido no Auditório Rio Negro, do antigo Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Minha sorte é que os movimentos de extrema direita nem existiam. Ou, tinham vergonha de ser direita. Ainda fui trucidado na mídia local e me transformei em manchete mundial. Era o dia 11 de maior de 2009. Sei bem o que passa a professora Marlene de Fáveri, da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), vítima de processo por parte de uma ex-orientada, Ana Caroline Campagnolo. É uma situação surreal porque, às vezes, a Educação Superior deste País é surreal: prega uma coisa, mas, pratica outra. Assim como a professora tem liberdade para orientar ou não uma estudante, a estudante deve ter liberdade para acreditar nos dogmas que quiser. O episódio expõe as vísceras de uma instituição, a universidade, que prega a liberdade como valor universal, porém, é tão dogmática quanto as instituições religiosas mais reacionárias.


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