terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

A reestruturação acadêmica das universidades

Ainda que não seja a mudança ideal, há algo bom no novo Ensino Médio. Obrigará as universidades brasileiras, enfim, a enfrentarem um problema posto desde 2008 e que nunca foi encarado com seriedade: a reestruturação acadêmica. Quem diz que fez, nunca fez. No máximo, há arremedos de mudanças. Efetivamente o que se tem é um Ensino Superior baseado nas carcomidas visões do corporativismo profissional a ponto de as universidades, na prática, serem mais escolas técnicas que as próprias escolas técnicas, hoje chamados de Institutos Federais. Currículos inflexíveis, baseados na estrutura insana de pré-requisitos estão fadados à morte: ou matam as universidades. A escolha da carreira, feita no início, e impossível de mudar hoje, obrigatoriamente cai. Estudantes do Ensino Superior, por necessidade dos novos tempos, terão de fazer as opções ao longo da carreira. E, quer queiram, quer não queiram os professores (e professoras) mais refratários às mudanças, tais possibilidades devem ser incorporadas às novas estruturas curriculares. Os novos tempos requerem novos projetos pedagógicos institucionais e de cursos. Quem, até agora, caminhou na direção oposta, terá de rever o percurso institucional. Sob pena de se jogar em um abismo sem volta. Algo que, há muito, deveria ter sido feito a partir de uma discussão institucional madura e voltada para o tempo em que vivemos, terá de ser feita, às pressas, por uma necessidade imposta pelo Ministério da Educação. Nós, as universidades que não fizemos o dever de casa, lamentaremos muito o atraso ao qual nos impusemos.


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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Cenas armadas pela direita

Acabei de ler, da leva de um insuspeito jornalista local, que “a ação terrorista de bandidos” no Vieiralves fora promovida por capangas de um político local que tinha o objetivo de assumir a Secretaria de Estado da Segurança Pública. Há sérios indícios de que ocorrera o mesmo no Espírito Santo, também como plano de um político local. Os tempos que vivemos são mais sombrios de o quê imaginamos. Cenas criadas para justificar um “endurecimento dos militares” não são de hoje. E são criadas para justificar o Golpe Parlamentar em curso. Estejamos atentos: o Golpe está em curso. E se nos presenta nestas armações que tentam desestabilizar o Estado em quaisquer dos níveis. Criar cenários propícios ao Golpe é coisa de quem dele se alimenta. Será que ainda não aprendemos com os golpes vividos? Pelo me os refletir sobre o assunto é nosso dever.


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domingo, 26 de fevereiro de 2017

A falida democracia representativa

Fatos recentes no Brasil, especialmente nas universidades, indicam que o modelo de democracia representativa está completamente falido. O Golpe Parlamentar, por exemplo, é uma clara demonstração de que acordos internos podem apear do poder quem é eleito diretamente pelo voto. Sem participação popular, ou seja, sem o controle da sociedade, o Congresso Nacional, constitucionalmente representante do povo, dos interesses coletivos, passa a representar os interesses de quem dirige o País. Modelos de governança falidos levam à falência das instituições. Nas universidades, é nosso dever repensar os modelos decisórios. Para não nos tornarmos escravos do desejo de meia-dúzia de pessoas que conseguem se articular melhor. Ou assumimos realmente um compromisso com a representatividade na democracia ou as decisões sempre serão contaminadas!


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