sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

A liquidez da pós-modernidade

No último dia 9, aos 91 anos, morre o filósofo polonês, Zigmunt Bauman, o homem cujo nome se liga ao adjetivo “líquido” ou “líquida” por conta da sua mais famosa obra: “Modernidade líquida”. Ele escreveu, também, “Amor líquido” e “Tempos líquidos”, dentre outros. Em geral, ao lerem o adjetivo líquido, as pessoas relacionam os estados da água: líquidos, sólido e gasoso. A liquidez da pós-modernidade ao que me parece, não tem nenhuma relação com sólido, líquido ou gasoso. Está mais ligada ao conceito econômico de liquidez: facilidade com que um ativo pode ser convertido “no meio da troca da economia”, ou seja, facilidade de um bem poder ser transformado em dinheiro. Na pós-modernidade, quinze minutos é o tempo máximo de liquidez de quem quer ter ou tem fama. Somos todos líquidos no sentido de que podemos ser substituídos imediatamente por outros. A relações são baseados no consumo, os amores, as pessoas. Precisamos ter liquidez no processo de troca ou somos trocados. A velocidade das trocas é a liquidez da pós-modernidade. Ainda não nos acostumamos a ela.


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