segunda-feira, 23 de maio de 2016

O que aprender com o Golpe e os golpistas

Após o vazamento dos áudios de Romero Jucá, premiado com o Ministério de Planejamento pela capacidade de planejar milimetricamente o Golpe, há muito o que se aprender com o fato e com os golpistas. A dissimulação, por exemplo, é característica contumaz, principalmente da mídia golpista. Apoiaram o Golpe desavergonhadamente, fizeram o povo crer e ir para as ruas “lutar contra a corrupção”, mas, no fundo, enfileiraram-se ao lado de um projeto perdedor nas urnas para arrancar o Partido dos Trabalhadores (PT) e a presidente Dilma Rousseff do poder, ainda que não haja nenhum crime de responsabilidade efetivamente cometido por ela. A capacidade de dissimular é tamanha que hoje, mal o áudio veio a público, passaram a defender “eleições gerais” imediatamente. Há um grupo da mídia golpista, inclusive de jornalistas, que nem toca no cerne da questão: a reforma política. Com doações de campanhas da forma que estão, baseadas em relações incestuosas, mudarão os governantes, mas, as práticas serão as mesmas. A democracia atual é baseada no poder financeiro. E tem muito comunicador, no sentido mais amplo da palavra, que espera de quatro em quatro anos para “ganhar dinheiro”. De onde vem este dinheiro?  De doações de empresas, inclusive empreiteiras, que alimentam o sistema atual. Comunicadores golpistas jamais gostariam de matar a galinha dos ovos de ouro deles e dos políticos. Por isso falam peremptoriamente em eleições gerais, mas, silenciam quanto ao verdadeiro problema da democracia brasileira: o sistema de financiamento das campanhas. Quem quer um Brasil verdadeiramente melhor luta para mudar o financiamento das campanhas. Caso não, é pura manipulação das massas.


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