segunda-feira, 4 de abril de 2016

A barbárie líquida brasileira

No livro “A sociedade líquida”, Zygmut Bauman alertava para um processo de mudança nas sociedades ditas Pós-mordenas, responsável por “matar as utopias”. A modernidade sólida, característica da guerra fria e das guerras mundiais, fora substituída por uma “modernidade líquida”. O que muda com esta nova “ideologia”, muito mais que uma condição humana? O fim das utopias. A tal modernidade líquida desconhece os planos para o futuro a longo prazo. É imediatista. Não há um projeto de longa duração, baseado em trabalho duro com benefícios para a humanidade, para a coletividade. O que se quer é o resultado imediato. Nem que para isso, todos os valores e princípios sejam voláteis. A realidade atual, que precisava ser modificada, dá lugar a projetos de poder, projetos individuais, que usam o coletivo apenas para o alcance dos objetivos de grupos menores. E, estamos nós, em meio a esta, no fundo “barbárie líquida” na qual se transformou a disputa pelo poder no Brasil. Lastimável sob todos os pontos de vista, mas, o que se tem hoje, no Brasil, ultrapassa, inclusive, o conceito proposto por Bauman, o que é péssimo para a sociedade e para ao País.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.