sexta-feira, 4 de março de 2016

Educação não é salvo-conduto

Entendo perfeitamente a revolta do militantes e simpatizantes do Partido dos Trabalhadores (PT) com a forma como o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva foi coagido a depor na sala da Policia Federal, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Chocou-me, mais ainda, o brasileiro eleger “o japonês da PF” (segundo o noticiário, comprovadamente corrupto, mas, reintegrado à Polícia Federal por conta de um mandato judicial) como ídolo e, ao lado dele, um ex-presidente que, inegavelmente, fez muito por este País e pelos menos favorecidos ser achincalhado como se fosse um criminoso comum sem nenhuma prova concreta de crime contra ele até agora. No entanto, a expansão da Educação Superior do País e a inclusão das classes menos favorecidas na universidade brasileira não é salvo-conduto capaz de apagar crimes de corrupção. Uma coisa não pode ser misturada com a outra. As forças conservadoras avançam vorazmente sobre os direitos sociais conquistados no período. Porém, a garantia destes direitos conquistas não isenta ninguém de pagar pelos crimes cometidos, se forem comprovados. Se Dilma Rousseff e Luís Inácio Lula da Silva cometeram crimes, que sejam julgados com ampla chance de defesa como estabelecem as leis em um estado democrático de direito. Mas, que a democracia não corra riscos e nem o País seja empurrado para uma guerra civil. E que a Educação não seja usada como escudo.


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