segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Universidade não deixa ninguém pronto

Há um equívoco dos mais graves na sociedade: encarar a universidade como o locus que deixa os estudantes totalmente prontos para o mercado. Primeiro que a universidade não deve encarar o mercado como a única finalidade de formação. Uma universidade que não forma para a vida não tem como formar para o mercado, uma vez que o mercado é parte intrínseca da vida, principalmente nos países capitalistas, como é o caso do Brasil. Salas de aulas e laboratórios, em quaisquer cursos ou áreas do conhecimento, não reproduzem a vida nem a substituem. Portanto, é impossível que o estudante saia de uma universidade pronto. Terá um cabedal técnico e teórico de conhecimento. No entanto, insuficiente para enfrentar as mudanças permanentes do ambiente, inclusive profissional, portanto, da vida. O processo de aquisição de conhecimentos, ao longo da vida, é tão complexo que “estar pronto” é incompatível com a dinâmica da vida. Entender as limitações da universidade como locus do saber é fundamental para manter, inclusive, a saúde dos professores e professoras. E tirar da família e da sociedade esta ânsia por um profissional inteiramente pronto.


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