sábado, 30 de janeiro de 2016

Pós-graduação não é esconderijo

Nas conversas com alguns professores das universidades públicas brasileiras, principalmente das federais, fica-se com a impressão de que a Pós-graudação, para eles (e elas) funciona como uma espécie de guarda-chuva que os protege, digamos, contra as “atividades mais duras” nos cursos de graduação. Claro, se traduzirmos “mais duras” como equivalente a “ministrar aulas”. Esquecem estas figuras que será impossível uma interlocução efetiva entre graduação e pós-graduação se não for feita pelos professores e professoras. Não entendem que a essência de uma universidade é a conexão permanente entre atividades de Pesquisa, Ensino e Extensão. Professores (e professoras) das universidades não são apenas pesquisadores, cuja carreira é diferente e está abrigada nos Instituto de Pesquisa. Nas universidades públicas, professores (e professoras) sã contratados para fazer as três coisas. E sabem disso desde que leem o Edital e se candidatam aos concursos públicos. Há, porém, alguns que, após ingressarem, credenciam-se nos programas de Pós-graduação e se escondem, ao máximo, sob o manto sagrado da pesquisa. Quem opta por ser professor-pesquisar, nas universidades públicas, obviamente, trabalhará mais que os outros. E o fará melhor se entender que graduação não é um penduricalho nem na sua vida nem na vida da Instituição. Afinal, se não tivermos uma graduação forte, teremos uma Pós-graduação natimorta.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.