terça-feira, 15 de dezembro de 2015

A estrutura acadêmica das universidades

As universidades brasileiras precisam, urgentemente, retomar uma discussão que se negaram a fazer à época do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), que é de 2008. Desde então, entra na pauta de discussão questões administrativas, sempre de olho em cargos em CDs, mas, o cerne não é discutido: a estrutura acadêmica. O desenho atual, com Institutos e Faculdades com o mesmo poder, digamos, o mesmo valor administrativo, é um atraso. Beneficia os que sabem manipular as contradições políticas e a administrativas internas mas põe para debaixo do tapete o principal problema da universidade brasileira: uma estrutura acadêmica inflexível, caquética e que não mudará com o surgimento de institutos e faculdades. Ainda mais se as faculdades tiverem poder dos institutos. Universidades são estruturas administrativas formadas por Institutos. Esses, são compostos de Faculdades, que abrigam cursos. Uma unidade acadêmica, portanto, tem proximidade pelas áreas acadêmicas que estudam. Em não sendo assim, o que se tem é uma corrida individual pelo poder, execrável dentro de qualquer universidade que tenha o mínimo de coerência entre o que prega e o que faz.  Outro caminho é a destruição o princípio basilar de uma universidade. A corrida por faculdades de um curso ou dois é uma aberração administrativa e a acadêmica que deveria ser terminantemente barrada. Pena que falta coragem para barra esta expansão individualista e canhestra. O futuro desvendará os passos deste presente condenável.


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