segunda-feira, 2 de novembro de 2015

A fragilidade do processo de avaliação

Há outro ponto fundamental que deve ser levado em conta ao se examinar a anulação do título de doutora obtido por uma professora da Universidade Federal do Pará (UFPA). A decisão tomada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) deixa a impressão que a avaliação, embora propagada como “uma das melhores do mundo”, é frágil. E precisa ser urgentemente repensada. Ao que tudo indica, a prática do plágio talvez seja muito mais frequente de o quê aparenta ser. Obrigados a atingir um grau extremo de produtividade, os pesquisadores passam a usar de artimanhas, inclusive, digamos, “plágio de si mesmos”. Ao mesmo tempo, o sistema de bancas examinadoras talvez precise ser revisto. Afinal, não pode ser aceitável como possível que uma tese inteira seja cópia de outro trabalho e a banca examinadora tenha “deixado passar”. A fragilidade do processo atual de avaliação é latente. O fato recente é revelador. E deve servir pelo menos como um alerta para que se comece a refletir sobre o problema com a profundidade que o problema exige.


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