quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Impor não é negociar

Tenho visto a série “Pablo Escobar: el patron del mal”. Nada melhor de o quê aprender, na prática, qual a diferença básica entre “negociar” e “impor”. As negociações do Cartel de Medellin, leia-se Pablo Emilio Escobar Gaviria”, eram baseadas em uma “estratégia” cujo lema era “plata ou plomo”. Em bom Português, “dinheiro ou chumbo”. Em seguida, ameaçava de morte as gerações presentes, passadas e futuras da “vítima da negociação”. No dicionário Michaelis on-line, “impor” é verbo transitivo direto e significa: ”fazer aceitar à força ou com sacrifício; obrigar a cumprir, pagar ou satisfazer. ” Por seu turno, “negociar” significa “celebrar, concluir (tratado ou contrato)”. Celebrar algum tratado só se consegue com base em partes negociadas, em relações de confiança e respeito. É um processo lento que as partes envolvidas abrem mão, de um lado e do outro, em prol de algo maior: o bem-comum, a comunidade. Em assim não sendo, o que se tem é uma tentativa de subjugar, de impor, “de fazer aceitar à força”. Nos dias atuais, parece que se usa uma coisa pela outra. Mas, efetivamente, impor não é, nunca foi nem será sinônimo de negociar.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.