O maior problema de quem só
consegue medir a competência de alguém por meio da Nomenclatura Gramatical
Brasileira (NGB) é considerar que só é gente quem tem habilidade com Ortografia
e Regência Verbal e Nominal. Há pessoas que nascem, crescem, vivem e morrem sem
a NGB e são felizes. E não é por não dominarem a NGB que deixam de ser gente,
de ter sentimentos e de merecer o meu respeito (e deveriam merecer o nosso
respeito) como ser humano. Avaliar alguém apenas pela métrica da ortografia é
coisa de quem tem “o umbigo como limite do mundo”. Coisa de quem tem no espelho
a imagem de si como a própria perfeição. A educação formal é essencial para se
promover a inclusão das pessoas. As quotas, por exemplo, são uma tentativa
temporária de se corrigir os problemas advindos das atrocidades do sistema
educacional brasileiro. Negar às pessoas o acesso à educação formal é segregá-las
permanentemente. Pior que isso é demonstrar preconceito linguístico em relação
ao modo que escrevem. Levantar os olhos e se livrar da cegueira umbilical é uma
boa dica.
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