segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Educar é mais complexo que ensinar

Nós, os professores e professoras, “militamos” na Educação, mas, poucos, se dão ao trabalho de educar. Digamos que somos “ensinadores” que jamais ousam ser educadores. Inclusive porque, muitos de nós, entendem que educar é papel dos pais. Nós, no máximo, devemos ensinar. Em muitos casos, nem isso. Principalmente porque há, na Educação Superior, um grave equívoco: encarar os jovens que chegam às universidades como se fossem capazes, em um passe de mágica, de se transformarem em seres autônomos, maduros e capazes de tomar decisões por si. Se alguns assim chegam, a maioria padece da falta de maturidade. Quando não, nem souberam escolher o curso. Fazem-no com base na oportunidade de ingressar na universidade para, só depois, escolher o caminho profissional. Acontece que as universidades não se adaptaram a esta realidade. Não dão aos estudantes a oportunidade de vivenciar o ambiente acadêmico e, só depois, escolher a direção a seguir. Escolhem com base em um “menu” de cursos pré-determinados. E ao ingressarem para tais cursos, enfrentam dificuldades inimagináveis para mudar de curso. Tudo isso porque, no fundo, para nós, os ditos educadores, devemos apenas ensinar. E não educar. A visão do ensinador é limitada. Centrado nos conteúdos pré-estabelecidos. E não na visão do todo. Nos problemas dos estudantes, nas dificuldades que possuem, que trazem de uma vida escolar anterior. Por isso educar é mais complexo que meramente ensinar. Será que temos consciência dessa diferença?


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