sábado, 31 de janeiro de 2015

Professores com direito a descontos

Tenho de confessar: não sabia que o fato de ser professor universitário me dava direito a descontos na compra softwares e até à entrada. Inclusive, já havia comprado um pacote de software da Microsoft ao preço. Hoje, porém, decidi, depois de muito tempo, comprar uma versão mais nova do Windows. E não é que estudantes e professores possuem um desconto considerável. Inclusive, para professores e estudantes, o tempo de validade das assinaturas é maior, muito embora os benefícios gerais nem sempre sejam os mesmos. Ainda assim, é uma política das grandes corporações, de, ao menos, nos incentivar a utilizar softwares originais. Certamente porque, é histórico, que nas instituições educacionais, circulam o maior número de programas piratas. Acabei por pesquisar mais sobre os benefícios que nós, os professores, temos e, um deles, é a meia entrada. Pena ter sabido disso depois de pagar uma fortuna no ingresso inteiro para o show do Foo Fighters. Pelo menos agora já sei que, com a cópia do último contracheque e a identidade funcional, posso ir a espetáculos e estádios pelo fato de ser professor. Em certos casos, como nos grandes shows e jogos de futebol, bem como na compra de softwares, é uma economia considerável.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

A vez dos gênios e dos competentes

Enfim, a Justiça brasileira começa a fazer o que os educadores e pedagogos não conseguiram, desde 1996, quando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) foi promulgada: aplicá-la. Talvez pela cultura educacional brasileira de que se deve reter estudantes ao contrário de permitir que sigam na vida ou acelerem a vida acadêmica. Ano passado, uma juíza do Acre determinou que a Secretaria de Estado da Educação emitisse diploma de Ensino Médio de um estudante que obtivera o quarto lugar no Sistema de Seleção Unificada (SiSU), cuja base de notas é o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). A juíza entendeu que ao obter o desempenho no ENEM o estudante comprovou estar habilitado para o certificado do Ensino Médio. Agora, uma decisão similar veio da Justiça de Alagoas. Um estudante de Itabaiana, de 14 anos, foi autorizado pela Justiça a fazer um teste e obteve o certificado de Ensino Médio. Com isso, pôde ocupar a vaga obtida no curso de Medicina da Universidade Federal de Sergipe (UFS) por meio do SiSU. Para se ter uma ideia, o adolescente cursava o primeiro ano do Ensino Médio. Conseguiu 751,16 pontos no ENEM e 960 na redação. Nem que seja por força da Justiça, os ventos começam a soprar em favor de quem é gênio ou se dedica aos estudos. Que o desempenho se sobreponha a todos os demais critérios na Educação brasileira. Oremos! Aleluia!

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A eterna busca pela fidelidade

Quando cursava o Mestrado em Marketing na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP) sempre questionei o fato de o Marketing ser apresentado como Ciência. Assim como a Administração e a Comunicação, Marketing é um conjunto de técnicas muito longe de ser Ciência. Cheguei a essa conclusão pelo fato que, as pesquisas ao longo do tempo confirmam que de cada 10 produtos lançados, 8 ficam pelo meio do caminho e só dois resistem ao tempo como resultados positivos para as organizações que os lançaram. Vive-se, agora, um boom dos cartões de fidelidade. Mais uma “criação” do Marketing, como se fosse possível manter uma pessoa fiel a um produto ao longo da vida. Casos raros como da Ferrari e da Apple não ocorrem por conta dos “cartões de fidelidade”, mas, em função da qualidade dos produtos associados à marca. Entendo que a eterna busca pela fidelidade é uma criação mercadológica distante da vida real, da prática do ser humano. Talvez, por isso, se tenha um número quase infinito de “cartões de fidelidade”. Na prática, porém, quem oferecer a melhor promoção leva o cliente. Na área educacional já começa a surgir a mesma vontade: fidelizar o estudante. O que se tem no entanto, é que a melhor e mais efetiva forma de se fidelizar um cliente é prestar o melhor serviço possível ou oferecer um produto que tenha valor agregado quase inigualável (Apple). A fidelidade vem como melhor serviço ou produto. Inclusive na área educacional.

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

A escola sem vida

A professora Ivani Fazenda está corretíssima ao afirmar que os problemas de escrita de projetos na Pós-graduação brasileira são resultado de anos e anos do que ela denomina “escola do silêncio”. Vou além: penso que os problemas enfrentados pelos programas de Pós-graduação do Brasil inteiro para selecionar candidatos resultam de uma “escola sem vida”, sem mundo, distante da realidade das pessoas, do dia-a-dia. Sem “experimentar” a vida, os estudantes encontrar dificuldades em propor projetos de pesquisa inovadores, ousados, voltados para a descoberta. Como exigir de um estudante ousadia, uma perspectiva do olhar diferente da usual, se eles não foram preparados para isso? Não ousaram, não experimentaram, não erraram, erraram, erraram até acertar. O dia-a-dia da pesquisa não é de acertos permanentes. É de um constante jogo de ensaio e erro. Exatamente como na vida. A escola sem vida, no fundo, prejudica todos os níveis da Educação. Essas são questões fundamentais para se discutir o efetivo processo de mudança na Educação do País.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Precisamos aprender a desconfiar

Enquanto, digamos, na vida real, somos levados a acreditar em Deus e nas pessoas, nos seres humanos, na Internet, por conseguinte, nas Mídias Digitais, somos obrigados a desconfiar até do que digitamos, logo, dos nossos dedos, das nossas digitais. Dia após dia, recebemos correspondências digitais de todos os tipos. Há casos até de correspondências físicas ilegais da Receita Federal completamente sem propósito, a cobrar por processos inexistentes. Trazem instruções de como devemos entrar em site fakes (falsos) para entregarmos todos os nossos dados pessoas e sermos fraudados sem pudor. Nas Mídias Digitais, portanto, nós, os crentes, devemos aprender a desconfiar, se quisermos sobreviver. Já deixe de ganhar vasas, prêmios valiosos e viagens paradisíacas. O que me ajuda é a pouca sorte nos sorteios. Talvez tenha mudado em tempos de Internet. Mas, não acreditei em nenhum dos prêmios que “ganhei”. Desconfiar, na Internet, é uma questão de sobrevivência online. Na era da informação digital, infelizmente, devemos desconfiar até das nossas digitais.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

O delicado momento da Educação brasileira

A Educação brasileira vive um momento delicado. Principalmente a Educação Superior. Nitidamente, o Governo não sabe se passa para um modelo de financiamento totalmente particular ou se fica a usar subterfúgios para investir diretamente nas instituições particulares. O pior que tudo é que, na base, também se nota isso. É bem verdade que não temos elementos claros para afirmar nada do que aqui digo agora. São meras impressões a partir de avaliações dos movimentos de financiamento direto e indireto, tanto das instituições públicas quanto das particulares. Volto a dizer: trata-se de pura intuição, mas, sinto que, aos poucos, as políticas públicas para a Educação do País estão voltadas para um modelo de financiamento, no mínimo, misto. O que me incomoda é um tema de tamanha importância quanto esse não ser tratado abertamente e discutido com a sociedade. Por isso fico com a impressão de que se trata de um momento delicadíssimo, de uma transição assim, digamos, de um modelo para o outro, “de forma suave”. O problema desta suavidade aparente é que a sociedade deixa de ver, quiçá de perceber, o que ocorre. Tomara, seja uma mera impressão de um profissional de Educação com anos de estrada.

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

domingo, 25 de janeiro de 2015

A escola não elimina incertezas

Temos uma tendência, como humanos que somos, a buscar certezas, dia após dia. Nem a escola, muito menos a Ciência ou a religião foram capazes de nos ensinar, ou fizemos questão de não aprender, que a vida não é feita de certezas. Logo, chegamos a mais óbvia das conclusões: a escola não elimina incertezas. Por mais que consigamos desenvolver habilidades, o que devemos mesmo é aprender a conviver com os riscos, com as incertezas, pois são intrinsecamente relacionados ao ato de viver. Arriscar-se é conviver com possibilidades. Até a Física quântica já avança na direção das “possibilidades de energia” e nós insistimos em buscar, por meio da escola, certezas e estabilidade. A vida é a mais incerta das aventuras. Ainda assim, tentamos prendê-la a determinadas regras. Correr riscos deve ser o maior desafio. Ganhar ou perder, acertar ou errar, meras consequências. Quando tivermos plena consciência disso a escola será menos cobrada e, talvez, sejamos todos mais felizes.

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sábado, 24 de janeiro de 2015

Preconceitos vencidos um a um

Um dos maiores aprendizados de um ser humano é olhar para si e ver seus preconceitos vencidos, um a um. De ontem para hoje, e por conta da promessa de ofertar a minha filha, pelos seus 15 anos, um Show de Rock, vi mais um dos meus preconceitos desceram pelo ralo da vida, do conhecimento, da vivência, da experiência. Confesso: não gostava de Rock e fui, muito apreensivo, ao Show do Foo Fighters, ontem, no Morumbi. Repito: foi uma experiência inesquecível! E teve o seu lado didático. No meio de uma multidão de 60 mil pessoas, espremidas, jamais vi tanta solidariedade e tanto respeito mútuo. Pode ter sido pelo local que ocupávamos. O certo, porém, é que mais um dos meus preconceitos caíram por terra. Os visuais, confesso, são fora de todos os padrões que estamos acostumados a ver. Entre si, no entanto, e entre nós, temos jovens, senhores e senhoras prestativos e solidários. Que repartem água e lanches, tudo em nome de um momento, digamos, “supremo” com o seu ídolo ou sua banda. Impressiona, também, a forma como o artista, no palco, comanda a multidão. São energias inexplicáveis que circundam um espetáculo que, aos nossos olhos tradicionais, assemelham-se a algo louco. No final de tudo, fica a lição que sempre prego, mas, às vezes nem consigo ver: tudo depende da perspectiva do olhar. Confirmam, porém, uma coisa: os preconceitos precisam ser derrubados. Ao meu lado, por exemplo, um casal de lindas lésbicas deram um show de carinho e respeito Lições que me deixaram mais feliz! 

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

A décima quinta geração do jornalismo

Lembro-me como se hoje fosse, e lá se vão alguns anos, quando, antes de me formar em Comunicação Social, habilitação jornalismo, pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), ao observar as “presepadas” dos jornais e revistas de Manaus e que circulavam Brasil afora, escrevi um artigo até hoje não publicado (talvez nem seja mais encontrado nos meus  arquivos). O título, “Vergonha do futuro”, era uma alusão ao sentimento que me tomava conta antes de me formar. Era 1985. De lá para cá se vão 30 anos. Quando se deveria chegar à décima quinta geração do jornalismo, veio a Internet e chegamos, sem o perdão do trocadilho, a um jornalismo de décima quinta categoria. Transformar a ida à praia de uma apresentadora de programa esportivo nacional da forma jocosa como feito recentemente na Internet é de uma indignidade sem medida. Talvez, por coisas desse tipo ao longo da vida tenhamos perdido a exigência do Diploma para o exercício profissional. Há certas indignidades  que não tem Diploma que salve!


quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

A escola do desprezo

A professora Ivani Fazenda, com a qual tive o prazer de ter aula quando cursava meu Mestrado em Administração na Faculdade de Economia e Administração, pregava que vivemos sob a égide da escola do silêncio. Aquela escola na qual o estudante tem medo de falar porque pode ser ridicularizado pelos colegas estudantes ou pelo professor. Tem certa razão a professora Fazenda, mas, quando isso que ela relata ocorre, creio que a escola não é apenas a do silêncio. Mas, a do desprezo. Despreza-se o erro como parte da atividade natural de aprendizagem do ser humano e se passa a tratar o erro como pecado, como motivo para expiação. A escola do silêncio avança para a escola do desprezo e prejudica ainda mais seus estudantes. Devemos vencer esta lógica desumana antes de tentarmos quaisquer outros métodos revolucionários de Educação. A escola do desprezo precisa dar lugar à escola da amorosidade, do respeito, da paixão. Só assim temos chances de começar a vencer não apenas o desprezo dos professores em relação aos estudantes, mas, dos estudantes em relação à escola.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Ser o exemplo para os filhos

Ser o exemplo para os filhos não é tão simples quanto parece. Nem sempre conseguimos passar o exemplo da complexidade da vida em sociedade. Relações não são tão simples quanto imaginamos. Fossem, teríamos um mondo similar ao paraíso de Adão e Eva. O que temos? Um mundo de contradições e ações desconexas muito além do paraíso. Tudo isso porque o exercício de amar e ensinar, ao mesmo tempo, é muito mais complexo do que podemos imaginar. Dar o exemplo, nem sempre, é muito fácil. Ser o exemplo, mais complexo ainda. Todos temos nossas falhas. Lidar com elas nem sempre nos foi ensinado. Admitir nossas fraquezas, menos ainda. Portanto, o ato de educar e ser exemplo para os filhos é algo que vai além das nossas possibilidades. Às vezes erramos. Às vezes acertamos. O importante é termos consciência da nossa falibilidade e continuarmos a tentar até que a sociedade se torne e nos torne melhores.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

A vida e seus exemplos para a Escola

Talvez, inicialmente, fossemos levados a pensar que a escola tem muito a “ensinar” para a vida. Ledo engano. O que se tem, certamente, é uma escola que tem muito a aprender com a vida. Porque não pode reproduzi-la, portanto, é incapaz de moldá-la. E moldar a vida parece ser o sonho de todo educador, combatido por alguns professores. Nós, os professores e professoras, no fundo, temos sérios problemas com os ditos, que se transformam em regra, impostos para a educação brasileira. Enquanto não vencermos o distanciamento entre o mundo da vida e a própria vida, ficaremos com a sensação de que a escola é menor na busca dos seus propósitos. Assim, é fundamental discutirmos quais saídas são possíveis para que se possa chegar ao mundo da vida em relação com a escola. Só assim venceremos o desafio de uma escola brasileira mais humana e comprometida com os interesses da sociedade. Caso não, a vida ficará ao largo sempre a dar exemplos para a escola tradicional.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Respeitar não é ser contra ou a favor

Respeitar não é ser contra ou a favor. É respeitar e ponto. Usar o Facebook e as demais Redes Sociais para fazer enquetes ou coisas do gênero a respeito da execução do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira é desumano e revela falta de sensibilidade tanto em relação à família do brasileiro quanto ao uso das Mídias Sociais. O Facebook não deveria ser espaço para esse tipo de questão. Muito menos para se avaliar, a partir da execução do brasileiro, se a pena de morte deve ou não existir no Brasil. A questão central é: sejamos ou não a favor da pena de morte, a Indonésia tem suas leis, justas ou não, e nós devemos respeitá-las. Como brasileiros, não creio que aceitássemos a interferência de nenhum outro País nas decisões internas tomadas por nós. Avaliar a forma como uma Lei é aplicada em cada País não nos leva a crescer individualmente. O que se deve levar em conta, no limite, é que o brasileiro, ao entrar na Indonésia, tinha plena consciência dos riscos que corria. Decidiu enfrentar os riscos e foi pego. De lá para cá, o que o Governo brasileiro pôde fazer o fez. Querer aproveitar o episódio para colocar a pena de morte na pauta da sociedade brasileira é, no mínimo, se aproveitar de uma desgraça particular para tentar coletivizar a dor.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

domingo, 18 de janeiro de 2015

Literatura em marcha de Carnaval

Por um acaso, hoje, vi as três marchinhas finalistas de um Concurso promovido pelo programa dominical de uma grande emissora de Televisão. Até então, não tinha ouvido nem falar de nenhuma delas. Das três finalistas, na hora, uma me chamou a atenção pelo jogo de palavras, quase trocadilhos infames, que, por isso mesmo, transmitem o espírito brincalhão do Carnaval. É “Marchinha Literária”, de Rony Valk. Embora tenha me chamado a atenção, e por isso, tratei de buscar a letra completa na Internet, não se trata de nenhuma grande obra. Chama atenção, no entanto, pelo fato de, nem que seja por meio de trocadilho, trazer para o Carnaval de 2015 novemos como Machado de Assis, Eça de Queiroz, Ariano Suassuna e Olavo Bilac. Numa área na qual Sílvio Santos faz sucesso até hoje com a Pipa do Vovô que não consegue mais alçar voo, é sempre bom que novidades apareçam. Ainda que não se trate de nenhuma obra-prima, Marchinha Literária, em comparação com as outras duas finalistas, revigora o tão batido campo das marchas de Carnaval.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sábado, 17 de janeiro de 2015

A dura lição de uma execução

Tudo o que o Governo brasileiro pôde fazer foi feito, mas, o Governo indonésio não perdoou o amazonense, Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, que foi executado na madrugada de hoje. Confesso, não falei nada sobre o assunto até hoje porque, no fundo, ainda me estarrece que a pena de morte exista no mundo atual. Sou permanentemente contra, esteja brasileiro ou não envolvido porque, acima de tudo, creio que a vida é a dádiva mais preciosa que nós, os humanos, ganhamos de Deus ou de uma força maior, para os que não creem. Há, porém, uma questão crucial nesta execução: o respeito às leis do País que o executou, cruéis, ao nosso olhar, mas, exemplares, ao olhar deles. Eis a grande contradição do processo educacional: o respeito ao outro, pode ser País, cultura, seres. Há uma complexidade muito maior do que a execução, por fuzilamento, de um ser humano. Ao entrar no País, o brasileiro não sabia do rigor da Lei? Correu o risco calculadamente? Ou não tinha ciência do perigo que corria? Vi uma das fotos de Archer. Olhar profundo, no horizonte. Talvez, só antes da morte, consciente do erro. Como pai, que ama profundamente o filho, por mais que tenha errado, também pediria clemência. E peço, mesmo que não tenha mais jeito. Mas, tenho de voltar os olhos para os habitantes da Indonésia. E me vejo diante de uma contradição: as faces e a dura lição de uma execução. Educar para a vida e para o respeito não é tão fácil quanto parece!


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Fraude nas cotas em Belém

Quando se pensa que a capacidade de o brasileiro tentar burlar as leis chegou ao limite surge um fato mais escabroso que o outro. A filha de uma família rica de Belém, capital do Estado do Pará, dona de uma rede de ensino, estudou todo o ensino médio como se fosse cotista. Estava, portanto, na categoria dos cotistas das escolas privadas. E foi como cotista, por ter assim se declarado, que obteve a vaga em um curso de Medicina. Como tenho ressaltado neste espaço, não há “Pátria educadora” que aguente quando a regra básica da vida em sociedade não é “corrigir as diferenças”, mas sim, usar a própria Lei para “dar um jeitinho brasileiro” de aumentá-la. Nem que, para isso, se tenha de recorrer a mecanismos escusos. Nada mais há a comentar, a não ser lamentar que o exemplo dado não seja nada recomendável!


quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

O não no processo educativo

Pouco se fala sobre a importância no “não” no processo educativo. É bem possível que os anos de chumbo da Ditadura tenha deixado um medo coletivo tão grande que exageramos no sim e esquecemos que o não é fundamental para o processo educativo quando, ao invés de ser um mecanismo para podar o desenvolvimento da criança, aparece como o vetor do limite. Quem ao longo dos anos iniciais da vida, pensa que tudo pode, corre o risco de se transformar em prepotente e intolerante ao mesmo tempo. Quem sabe a bomba-relógio da intolerância que leva ao fundamentalismo não tenha sido armada nesta época da vida? Conviver permanentemente com o sim deixa a impressão que o mundo, por conseguinte, as pessoas só existem para servir o indivíduo criado sem limites. Por isso vale a pena refletir sobre a importância de se aprender a dizer não e com ele conviver.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

Desafios da vida em grupo

A vida em grupo nos impõe desafios incomensuráveis, dentre os quais, talvez, o maior deles, seja o respeito ao outro. E, porque, considero o maior deles? Pelo "simples" fato de que o respeito ao outro  intregra a essência do discurso religioso, qualquer que seja a religião, no entanto, na prática do quotidiano, não se configura como no discurso. Eis a contradição que sustenta a complexidade das relações em grupo. Respeitar o outro requer, antes de tudo, olhar para si. Compreender as próprias contradições para, assim,  poder entender as do outro. Antes de entender e respeitar o outro, portanto, é preciso lançar um profundo olhar para si. Reconhecer as fraquezas e falhas, sem culpas, é um bom exercício inicial para se encarar o desafio do respeito ou outro. É trabalhoso, mas, compensador!


OBS: Post do dia 14/01/2015

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

CAPES abre Inglês OnLine para técnicos e professores

Desde ontem, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), permite que Servidores das universidades e dos institutos federais também cursem o My English Online (MEO), que é parte do Programa Inglês Sem Fronteiras (IsF). No entanto, só podem concorrer às senhas do MEO aqueles que realizarem o exame TOEFL ITP, ofertado gratuitamente dentro das ações Inglês Sem Fronteiras. No próximo dia 19 serão abertas as inscrições para a realização do Exame relativo à primeira demanda do ano de 2015. O Início das aulas presenciais para a Oferta 1 está previsto para o dia 26 de janeiro de 2015. Há um serviço específico da CAPES para servidores federais. Clique AQUI para acessá-lo. Lançado em março de 2013, o My English Online foi lançado em março de 2013 pela CAPES, em parceria com a Secretaria de Educação Superior (SeSU) do MEC. Antende aproximadamente 700 mil estudantes de graduação de instituições públicas e privadas, desde que tenha obtido pelo menos 600 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Estudantes dos programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) recomendados pela CAPES também são atendidos pelo Programa.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

A tênue fronteira entre o bullying e a liberdade de expressão

Acompanhei quieto aqui do meu cantinho, quieto, os atentados terroristas na França, em especial, ao jornal Charlie Hebdo, e as repercussões do fato, inclusive, a “Marcha pela Liberdade”, manipulada descaradamente tanto pelo presidente da França quando pelas demais autoridades mundiais presentes. Tenho o meu lado humorista, não creio em humor politicamente correto, em humor que não seja capaz de ferir. Só que, de forma tão fina, quase imperceptível. Desconheço humor que respeite o outro, as diferenças e todas as demais falas do hoje “politicamente correto”. Mas, quando se trata da religião, da crença dos outros, todo o cuidado é pouco, pois, religião é sempre um campo minado. Nada dá o direito aos terroristas de matar inocentes. No entanto, está mais do que na hora de a sociedade discutir, sim, os limites da liberdade de expressão, porque, a plena liberdade que, em tese, defendemos, só existe, reforço, “em tese”. Em tese, posso dizer tudo o que eu quero. Assim como, devo me responsabilizar e responder por tudo o que digo. O ato terrorista deve ser condenado por todos nós. Há que se entender, também, que “matar moralmente” uma pessoa é deixa-la viva, a sofrer, por um tempo que nós não temos como determinar. Há, portanto, no caso do humor, uma fronteira muito tênue entre a liberdade de expressão e o bullying. Com toda a crítica que o trocadilho infame que farei merece, penso que, no caso do humor, pegar uma crença ou religião “para cristo” não se trata de liberdade de expressão, mas, com muita boa vontade, uma espécie de bullying. E o bullying, em se tratando da vida em sociedade, não pode ser aceito. Liberdade de expressão sim, bullying, jamais!


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

Educação para a autonomia

Educar para a autonomia mais parece discurso ou mero lema legal, inclusive prescrito na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN). Ou, talvez, similar ao bordão “Pátria educadora”, que não durou nem uma semana. Acontece que educar para a liberdade e a autonomia não dependem nem de políticas governamentais nem da escola em si mesma. É dever do núcleo familiar, pelo exemplo, demonstrar que, efetivamente, educa para a autonomia. Parece simples, porém, é um dos desafios mais difíceis de serem vencidos porque, efetivamente, não somos educados, na família ou núcleo familiar, para a autonomia, para a tomada de decisões. Somos, invariavelmente, pelo menos até próximo dos 18 anos, quer sejamos homem ou mulher, tutelados por um pai ou por uma mãe. Há sempre uma “autoridade” que nos impõe, ao invés de nos convencer, regras. A liberdade, ao menos de se negociar, pouco é exercida (ou permitida) nos lares. Fica quase impossível, num passe de mágica, se mudar o comportamento de dependência total para um comportamento de autonomia, nem que seja relativa. É algo que precisamos nos debruçar caso queiramos, efetivamente, educar para a autonomia.

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.


OBS: Post do dia 11/01/2015

sábado, 10 de janeiro de 2015

Economia doméstica é fundamental

Sou do tempo em que minha mãe alertava: “meu filho, jamais gaste tudo o que ganhas no mês”. Na prática, D. Clotilde Alves Vieira Monteiro sempre fez isso. Ainda hoje em dia, é comum ouvi-la, ao telefone, a despachar as ofertas de crédito fácil dos cartões e empresas especializadas em “enforcar” funcionários públicos e aposentados. Talvez a expressão central seja esta: crédito fácil. E o processo educacional que todos nós devemos desenvolver, independentemente da classe social, é algum tipo de anticorpo contra o “crédito fácil”. Os cartões de créditos nos “dão” limites duas a três vezes mais o que ganhamos. Os bancos completam como limites do cheque especial que ultrapassam a metade dos proventos mensais. Com isso, se tem uma geração de gastadores contumazes que, ao meu ver, além de uma educação para, digamos, a Economia Doméstica, precisamos, muitos de nós, de tratamento para nos curar dessa compulsão pelo gasto. Logo, é fundamental que se pense em ensinar, desde cedo, que economia doméstica é fundamental.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Educação sofre no ano da Pátria educadora

Eu bem que avisei que a história de “Pátria educadora” não poderia ser apenas um lema, mas, deveria ser acompanhada de atos efetivos para tornar o Brasil um País cuja meta seja, efetivamente, a Educação. Antes de fazer todo o fuzuê do discurso de posse, a presidente Dilma Rousseff (PT) deveria ter combinado com o Ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Não o fez, e o rapaz (vixe,vixe, vixe) tascou a tesourada, logo de cara, justamente, no Ministério da Educação, administrado por outro rapaz impoluto, Cid Gomes (vixe, vixe, vixe). E foi o maior corte no Orçamento, de todos os ministérios: mais de R$ 600 milhões. E para não dizer que eles não falaram de “Pátria educadora”, o repasse para as universidades, que antes era de um dozeavos, diminuiu para umdezoitoavos. Sinal de que começaremos e terminaremos o ano no vermelho, a não ser que algo mude na política econômica do Governo. E, se não mudar, fica mais do que evidente que o tal discurso da “Pátria educadora” não passa de uma retórica de posse. A não ser que tenha sido feito de caso pensado: a primeira lição é como se deve apertar o cinto na área da Educação. Uma lástima que assim seja!


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Devemos ser mais generosos com os estudantes

A professora Maria Luiza Cardinale Baptista, ao participar da Banca de Qualificação de Doutorado de do professor Elias Farias, no Programa de Pós-graduação Em Sociedade e Cultura na Amazônia (PPGSCA) disse uma frase marcante: “devemos ser mais generosos com o leitor”. Na visão dela, ser mais generoso com o leitor é tornar o texto científico mais inteligível, inclusive, com um número maior de notas explicativas para que o leitor comum, efetivamente, entenda o que se quer dizer. Desde 1998, quando lancei o “Guia para a elaboração de trabalhos acadêmicos, dissertações e teses”, defendi que o texto científico precisava ser, digamos, mais “quente”, conforme a classificação de Marshal McLuhan. Portanto, não só concordo com a professora Maria Luiza, mas também, vou além. Creio que a generosidade não deve ser apenas textual, nós, professores e professores, na mesma direção, devemos ser extremamente generosos com os nossos estudantes. Não podemos partir do pressuposto de que, “se ninguém falou nada” é porque todos entenderem tudo. Trata-se de um engano até mesmo na Pós-graduação. Como bem define Ivani Fazenda, somos frutos da “escola do silêncio”, na qual o estudante não fala por receio de contraria o professor ou por temer ser ridicularizado pela própria turma. Na “escola do silêncio”, o mais provável não é “quem cala consente” e sim, “quem cala não entende”. Ser mais generoso com os estudantes, portanto, é insistir, dar novos exemplos, fazer novas conexões até que saia da sala de aula com a certeza de que dúvidas não restarem sobre o que se quer dizer. Caso contrário, tudo estará muito claro do lado de quem disse, o professor ou professora, e, talvez, extremamente obscuro para os estudantes. Um pouco de generosidade, nada a mais, pode provocar uma revolução na Educação brasileira.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

A visão tradicional no processo de educar

Há que se avançar, com urgência, para uma nova visão na Educação brasileira, em todos os níveis. Um dos mais equívocos é imaginar que se pode, no Ensino Superior, imaginar que os estudantes que chegam possam se adaptar, imediatamente, ao modelo totalmente diferenciado que existe, apenas, na cabeça da maioria dos professores. A mesma turma que considera o modelo de educação superior diferenciado é que de defende, com unhas e dentes, que os estudantes são autônomos por terem chegado à universidade. Ledo e atroz engano! O exercício da autonomia e da liberdade é um processo. Quem vem do berço, passa pelo Ensino Básico e Ensino Médio e, em tese, deveria existir no Ensino Superior. Acontece que, digamos, derramar conteúdos em sala de aula e pensar que os estudantes são maduros e autônomos a ponto de fazer o que Edgar Morin chama de “religação dos saberes” por conta própria é típico da visão tradicional de Educação travestida de visão moderna. No processo de religação dos saberes o estudante precisa sim, de nós, os professores e professoras. Aliás, é só para isso que eles de nós precisam. Ou tomamos consciência disso ou partiremos sempre do pressuposto de que o sistema educacional brasileiro educa para a autonomia e para a liberdade. E, em verdade, vos digo. Acreditar nesta utopia é, no fundo, não querer que haja autonomia em nenhum dos níveis da Educação no País.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

A aprendizagem baseada em índices

Na postagem de ontem neste espaço, “O ranking e seus usos em Educação”, critiquei duramente o uso comercial das listas e classificações mundo afora. E, principalmente, o uso comercial que se faz dessas tais listas no Brasil, no campo dos negócios educacionais. O problema é que o Governo Federal, ironicamente usa o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) para levantar um sumário estatístico chamado Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) que, em essência, enterra os preceitos educacionais do próprio Anísio Teixeira. E de Paulo Freire, bem como de todos os demais pensadores brasileiros do campo da Educação, incluso Rubem Alves. O que se tem hoje é um modelo educacional eminentemente baseado em sumários estatísticos e resultados numéricos. O processo de aprendizagem e os resultados qualitativos foram jogados na lata do lixo. Prevalece a visão de economistas. Educadores são chamados para opinar, desde que a essência dos tais índices não seja modificada. Acontece que a “Pátria educadora de todos nós”, tem de ser aquela que educa e não aquela que “produz estudantes em série” mas não os forma. Quiçá, os deforma. Enquanto tivermos a aprendizagem baseada em índices, o saber será mero elemento decorativo do processo.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

O ranking e seus usos em Educação

Nos Estados Unidos, o ranking, ou seja, a posição, a classificação, é um dos instrumentos mais usados para se fazer propaganda e vender tudo. Na verdade, o ranking é uma ferramenta de comunicação do Capitalismo para impulsionar ou derrubar qualquer organização. No Brasil, tal ferramenta era quase ignorada. No entanto, com a ascensão da concorrência entre grupos nacionais e internacionais de Educação, o ranking virou peça fundamental, inclusive, para tentar desqualificar as universidades federais, digamos, fora dos grandes centros. Nitidamente, o que se percebe, é uma tendência de, com os rankings, querer manter os investimentos estatais nas Instituições de Educação Superior (IES) que “dão resultado” e desclassificar os resultados das demais. Os critérios usados para os vários rankings não são divulgados e a lista é usada ao bel prazer para atrair novos clientes, também chamados de estudantes. Rankings, afinal, não servem para nada. A não ser que, internamente, sejam estabelecidas metas capazes de incentivar os colaboradores a galgar posições. No caso das IES particulares, ao que parece, os rankings só servem mesmo para gerar peças publicitárias.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

domingo, 4 de janeiro de 2015

O bloco de anotações como Mídia Digital

Há quem imagine que só se pode falar em Mídia Digital associada às, digamos, novas tecnologias de comunicação e informação. Nós do Grupo de Pesquisa em Ciências da Comunicação, Informação, Design e Artes (Interfaces), vinculado ao Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação (PPGCCOM) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), defendemos que não. Para nós, é Digital por se referir a digitus (cada uma das extremidades usadas para segurar objetos), ou sejam, aos dedos. O que se tem, com o advento da Internet, é o aumento fenomenal da velocidade e do uso dos dígitos como possibilidade de se articular a comunicação e a difusão de informações. Ao esculpir as primeiras anotações em pedras, como o fez Moisés ao deixar a Lei de Deus escrita em sua Tábua, já se tinha o surgimento das primeiras Mídias Digitais. Tanto o é que ao final do filme, Êxodo, de Ridley Scott, brinquei com meus filhos: "o nome do filme também poderia ser: Assim nasce o IPad". Da pedra, passando pelo papiro e chegando ao papel, o Bloco de Anotações, passou, com o mesmo nome, porém imensamente sofisticado, para mais modernos dispositivos móveis. Os nomes variam de Notas para Lembretes, porém, não deixam de cumprir a mesma função: registro. Ou seja, as anotações servem para que a memória humana amplie sua capacidade de recuperar arquivos, portanto, informações. Eis a magia do antigo transmutado em novo a ponto de não conseguirmos relacionado com o passado e suas antigas funções. O uso efetivo do bloco de anotações é feito por quem atende os passageiros no ar. Para atenderem de forma mais efetiva, passam, uma primeira vez, a solicitar que os passageiros informem qual tipo de bebida preferem. Anotam o pedido relacionado à cadeira ocupada pelo passageiro. Não erram nunca. Usam apenas uma esferográfica é uma folha de papel. Pura tecnologia dita antiga a cumprir a missão pós-moderna de ser Mídia Digital.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

A pátria educadora de todos nós

Na postagem de ontem, denominada “A pátria educadora da Presidente”, chamei a atenção par o fato de que o lema” Brasil, pátria educadora” teria dificuldades de sair do papel caso permanecesse apenas como um bordão do marketing do Palácio do Planalto. Será necessário um esforço de toda a sociedade para que, efetivamente, a Educação se transforme em prioridade nacional. Mas, para que isso ocorra, é preciso que a sociedade inteira abrace a ideia. Que o processo educacional não seja visto como segundo plano. Que os profissionais da área não sejam confundidos com missionários. Que a valorização comece com boa infraestrutura e remuneração. Tanto no âmbito do Governo Federal quanto dos governos Estadual e Municipal. Só assim, abandonaremos definitivamente o mero discurso de que a Educação é prioridade e passaremos a obter efetivos resultados dos discursos inflamados que fizermos. É o que a sociedade espera.

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.


OBS: Post do dia 23/01/2015

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

A pátria educadora da Presidente

Deixemos de lado o vestido e centremos nossas reflexões no lema do “novo” Governo da Presidente Dilma Rousseff (PT):” Brasil, pátria educadora”. Rogo para que não fique apenas na retórica do discurso de posse e que, efetivamente, todas as áreas do Governo trabalhem com o objetivo de transformar o Brasil, digamos, em uma “Pátria educadora”. O problema é que o ajuste nas contas públicas anunciado não combina com os investimentos necessários para se tirar do papel o “tão sonhado slogan”. Para se atingir o objetivo de tirar o Brasil do patamar educacional no qual se encontra, lemas são muito bem-vindos, mas, ações e investimentos, mais ainda. Então, vem a primeira pergunta: será que os ministérios da Fazenda e do Planejamento foram avisados de que a Educação será prioridade nos próximos quatro anos? Em assim não sendo, a Pátria educadora ficará apenas como lema do primeiro discurso. Tenho sérias dúvidas, também, se o ministro da Educação escolhido, Cid Gomes, conseguirá apoio suficiente para “tocar” as ações necessárias para que o lema se torne realidade. Que os olhos de Brasília se voltem para a Educação é o desejo de todos nós, professores, pesquisadores e educadores. Se assim o será, só o tempo dirá.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Marco regulatório para Ciência, Tecnologia e Inovação

O ano de 2015 começa com uma perspectiva nova para a Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) no País. As portas foram abertas com aprovação pelo Senado Federal, em dezembro de 2014, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 12/2014, conhecida como PEC 12. A PEC altera e adiciona dispositivos constitucionais que tratam de Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil. Com as alterações propostas o estado brasileiro passa a ser o responsável pela CT&I no País. O texto proposto prevê maior aproximação entre o Estado, as instituições de pesquisa e as empresas inovadoras. As discussões sobre o marco regulatório da CT&I são de longas datas. As universidades brasileiras, principalmente, encontram sérias dificuldades nas relações com as empresas. Tanto que em maio de 2014, a presidente Dilma Rousseff (PT) assinou o Decreto 8.240, que regulamenta os critérios de habilitação de empresas para convênios de educação, ciência, tecnologia e inovação (ECTI). O problema é que os órgãos de controle não aceitam as relações das universidades e institutos de pesquisas com as empresas e as fundações de apoio e dificultam tanto as relações a ponto de quase dizimá-las. Talvez, agora, com as mudanças, o processo possa, enfim, ser menos doloroso para as instituições pesquisa.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.