quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Faculdades, Centros Universitários e Universidades

Misturar Faculdades, Centros Universitários e Universidades é de má fe incomensurável. Instituições de Ensino Superior são credenciadas inicialmente como Faculdades, depois Centros Universitários, por fim, Universidades. O Decreto 5.773, de 9 de maio de 2006 não deixa nenhuma dúvida sobre a diferença entre cada uma delas. Assim sendo, é perfeitamente natural que uma Faculdade consiga alcançar IGC superior às universidades pela baixa complexidade do serviço educacional que presta. Faculdades não possuem autonomia para criar cursos, não possuem número mínimo de mestres e doutores e, delas, só se exige desempenho regular (e aceitável) nos cursos de graduação. As universidades, além da autonomia de criar e fechar cursos, devem possuir “um terço do corpo docente com títulos de mestrado ou doutorado; um terço do corpo docente em regime de tempo integral; oferta regular de, no mínimo, 60% dos cursos de graduação reconhecidos ou em processo de reconhecimento; oferta regular de, pelo menos, quatro cursos de mestrado e dois de doutorado reconhecidos pelo MEC; compatibilidade do plano de desenvolvimento institucional (PDI) e do estatuto com a categoria de universidade e a a instituição e seus cursos não podem ter sofrido, nos últimos cinco anos, penalidades descritas no artigo 46 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), Lei nº 9394/1996. Centros Universitários são faculdades que passaram a ofertar possibilidades de Pesquisa e Extensão, por determinado tempo, até se tornarem Universidades. Faculdades, portanto, são o estágio inicial do Sistema de Educação Superior do País. Compará-las com universidades não passa de uma jogada de marketing de quem tem pouco a oferecer e menos ainda a dizer.


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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

A maldosa mistura da classificação do INEP

É maldade, para não dizer má-fé, misturar Institutos, Faculdades, Centros Universitários e Universidades em uma mesma classificação, a partir de notas do Índice Geral de Cursos (IGC) divulgado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísyo Teixeira (INEP). Por trás de toda a “onda” que se fez na Internet nos últimos dias, deve estar um único objetivo:  desqualificar a Universidade Federal do Amazonas (UFAM e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA). O primeiro sinal da má-fé e não dividir corretamente as Instituições de Ensino Superior do Amazonas por categorias a fim de que possam ser efetivamente comparadas. Por critérios claramente definidos, temos as Universidades, os Centros Universitários e as Faculdades. Passível de comparação, portanto, temos, no Amazonas, UFAM, UEA e Nilton Lins, cuja classificação, de acordo com o IGC do INEP, segue, respectivamente, a mesma ordem aqui listada. Na comparação entre os Centros Universitários temos o Centro Universitário de Ensino Superior do Amazonas, o Centro Universitário do Norte e o Centro Universitário Luterano de Manaus. Por fim, na categoria das Faculdades, temos a Faculdade Martha Falcão, a Faculdades Boas Novas e a Faculdade La Salle. Ainda temos a categoria dos Institutos que, no Amazonas, são o Instituto de Ensino Superior Fucapi e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas. Apresentar as Instituições “juntas e misturadas” é apenas uma estratégia de mercado de quem tenta comparar instituições que jamais podem ser comparadas.


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segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

O que podemos aprender com a Bílbia

A missa de ontem era dedicada à Sagrada Família. Pasmo, deparei-me com os escritos do Pe. Virgílio, ssp. no Folheto O Domingo (ANO LXXXIII – Remessa XIV – 27-12-2015 - N˚ 61), intitulado “A família não é mais aquela”. Já no primeiro parágrafo, o espanto: ”Não adianta se iludir: a família cristã não é mais aquela. E, talvez, nunca mais volte a ser a mesma de outrora. À semelhança da liturgia e da catequese, a família também percorre o caminho da renovação, em busca de um novo modo de ser”. O texto inteiro é profundo e dá indícios de que a Igreja Católica já aceita “novas conformações da família”. O texto me fez refletir sobre algo que há tempos me incomoda no convívio com os católicos: a Sagrada Família jamais foi uma família como tradicionalmente a Igreja e seus membros nos tentam fazer crer. Ao contrário, a metáfora sempre foi a de que o homem, o marido, deve confiar, amar e respeitar sua esposa, ainda que o filho não seja legitimamente seu. Ou alguém tem a coragem de dizer que José era o pai legítimo de Jesus? Concebida ou não sem pecado original, Maria, ao contrário de representar as santas, talvez seja a metáfora da mulher sofrida, abandonada, largada na rua da amargura com o filho. A Bíblia talvez tenha muito mais a nos ensinar de tolerância e respeito à mulher de o quê estejamos dispostos a aprender. Sobre a família, fica mais que evidente a mudança, se não existente, prevista para a conformação a família. O casamento tradicional não era parte desta conformação ensinada. O livro sagrado, ao que parece, é muito mais moderno do que a forma como o lemos. Saí com os pensamentos revigorados daquela missa da Sagrada Família!


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