quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Meias verdades na Educação Superior

O discurso de que o sistema brasileiro e Educação Superior, ao atingir a marca de seis milhões de matriculados, está saturado, talvez se encaixe naquela categoria das meias-verdades. A expansão inegável não pode ser confundida com saturação. O que se deve jogar luz sobre, e poucos querem fazê-lo, é na ineficiência das universidades brasileiras no que se pode chamar de "processo de formação". Se há saturação nas entradas, como muitos querem fazer crer, a falta de efetividade nas saídas é gritante. Enquanto nas universidades públicas o índice médio de sucesso é de 44%, na iniciativa privada é de 37%. Nos dois casos, é um número estarrecedor, pois, menos da metade dos que ingressam conseguem se formar. E não adianta atribuir o insucesso apenas à baixa qualidade do Ensino Médio. Há sim, também, problemas nos processos pedagógicos tanto das universidades públicas quanto das particulares. E se o problema não for enfrentado, ficar-se-á sempre com a impressão de que as universidades são eficientíssimas e o problema está fora delas. O que, também, termina por se caracterizar como uma meia verdade.


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