domingo, 28 de setembro de 2014

A Educação como instrumento de controle

Não consigo ver no conjunto de educadores da minha geração nenhum átimo de esperança de que, pelo menos se discuta a Educação, não como um instrumento de controle e poder do Estado (e das elites), mas, como uma base teórica e metodológica para a libertação. E nem me arriscaria em falar de "libertação das massas". No máximo, gostaria que servisse para libertar o ser humano, o indivíduo. Mas, nem isso! Temos hoje uma Educação como instrumento de controle e de poder. Voltada para os interesses de se manter o status quo. Paulo Freire, morto em 1997, deve se remover no túmulo todos os dias diante dos "educadores". Ele que defendia ser a escola o lugar para se "ensinar a ler" o mundo a fim de transformá-lo, não deve estar nada contente com a pura e simplesmente "formação para o mercado" defendida por 10 entre 11 dos educadores atuais, principalmente nas universidades. Relacionar-se com o mercado, algo saudável, ao que parece, foi confundido com servi-lo, sê-lo subserviente. "Conscientizar o estudante", como defendia Freire, é utopia. O que se deve, hoje, é prepará-lo para a empregabilidade. Transformá-lo sim, mas, em instrumento de controle das classes menos favorecidas ou, no máximo, em defensores permanentes do modo de vida preponderante. Uma lástima!


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