domingo, 15 de junho de 2014

Administrar é gerenciar conflitos

Jamais estive no time daqueles que defendem e acreditam que administrar é gerenciar conflitos. Há momentos, porém, que esta máxima parece se transformar em verdade absoluta. Por mais que a missão e a visão das empresas sejam escritas da forma mais positiva possível, nem sempre o clima organizacional é, digamos, para cima. E quando se trabalha em uma instituição pública de educação, como é o meu caso, há um conflito que, em tese, não poderia ocorrer: entre o interesse público e o privado. Em condições normais de temperatura e pressão é o tipo de conflito que não deveria existir em uma instituição pública. Acontece, porém, que por conta da própria política pública do Governo Federal para a Educação Superior, se criou um modelo misto, que obriga pesquisadores a captar verbas para os seus projetos. Por conta disso, criou-se uma concorrência entre pares que estimula a divisão entre produtivos e não produtivos, assim como surge a divergência entre os interesses privados de alguns que transformaram o espaço público em escritórios particulares de serviços à parte da própria universidade. Talvez este seja o pior conflito a ser administrado atualmente nas universidades brasileiras.


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