quinta-feira, 3 de abril de 2014

A entrevista como instrumento de tortura

Posso até estar equivocado, mas, a entrevista deveria ser rifada de qualquer processo de seleção, não apenas nas instituições públicas, mas também, em quaisquer organizações. Não há nada mais pessoal e com tanto potencial de erro do que uma entrevista. Por mais que as empresas possuam profissionais treinados para detectar os, digamos, "mentirosos" nas entrevistas de seleção, há outro tanto de empresa especializada em preparar candidatos, digamos, para burlar entrevistadores. E o que parece ser um instrumento eficaz para selecionar pessoas 'talhadas" para os cargos, termina, no máximo, por ser instrumento de pressão e tortura. Se não há, penso que está na hora de pensarmos em instrumentos mais modernos e eficazes de selecionar pessoas, que não passe pela entrevista. No caso dos programas de Pós-graduação nos quais atuei, não foram nem duas, nem três pessoas que, na entrevista, juraram amor eterno ao programa, prometeram que não abandonariam o barco e, pouco tempo depois, passaram a fazer parte das estatísticas da evasão. Para não ficarmos nos chutes, seria interessante os programas de Pós-graduação acompanharem aqueles estudantes cujo elemento decisivo para serem selecionados foi a entrevista. Depois, verificar se concluem o curso no tempo previsto, se apresentam dificuldades ou se abandonam. Aí sim, teríamos argumentos efetivos para defendê-la ou não.


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