quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Jornalismo, credibilidade e dignidade

Ontem, neste mesmo espaço, sob o título "As Mídias Digitais e o jornalismo resto de ontem" fiz duras críticas ao que ocorre no Twitter e no Facebook, principalmente, denominado por mim de "jornalismo resto de ontem", por se aproveitar da excrescência publicada no dia anterior, requentá-la e "vendê-la" como novidade. Há pouco, minha querida amiga, Merli Leal, professora da Universidade Federal do Pampa Gaúcho, postou um comentário no meu perfil do Facebook com o seguinte teor "Gilson Vieira Monteiro: que droga isso" acompanhado de um link compartilhado do Geledés Instituto da Mulher Negra com a seguinte manchete:"Reitora ignora Recomendação do MPF e UFAM não recebe universitários indígenas do sul do Amazonas". Certamente, a amiga fez a observação por ser eu, Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da Instituição. E como, nesta página, não fala o Pró-reitor e sim o amigo, Merli Leal, fez o comentário no Facebook e me passou o link. Curioso é que, na postagem de ontem, aqui mesmo, eu já alertava para a prática asquerosa de se requentar fatos e fotos, principalmente em perfis do Facebook escondido por trás de avatares. Hoje, por uma daqueles coincidências que não se consegue explicar, uma amiga me passa um link no qual constato, literalmente, a prática do que chamei de "jornalismo resto de ontem". Tenho convicção de que nenhum jornalista do Geledés Instituto da Mulher Negra, ou qualquer representante seu, procurou a Assessoria da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) ou a Reitora para publicar a matéria "Reitora ignora Recomendação do MPF e não recebe universitários indígenas do Sul do Amazonas". A verdade dos fatos foi publicada, como resposta ao criminoso ataque feito por outro órgão: "Reitora refuta acusações sobre falta de apoio a estudantes indígenas do Sul do Amazonas". Praticar o jornalismo exige credibilidade e dignidade. Defender os direitos das minorias, dos fracos e oprimidos, mais ainda. Só quero ver se os responsáveis pelo Geledés Instituto da Mulher Negra terão dignidade suficiente para publicar, na íntegra, a Nota de Esclarecimento da UFAM, com o mesmo destaque que publicaram as mentiras. Espero a mesma dignidade dos inúmeros internautas que comentaram a matéria mentirosa. Ou, ficarei com a impressão de que são aproveitadores: usam causas sociais para destilarem ódio mas não possuem dignidade suficiente para se retratar. Reconhecer os erros engrandece quem erra. Os comentários em relação à Reitora foram odiosos. Será que se curvarão diante da verdade? Duvido. Mas, esperarei!


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