quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

As lágrimas do ambiente por conta da burocracia

Não faço parte do time que defende a completa ausência de controle da burocracia das universidades por parte da Advocacia Geral da União (AGU) ou dos tribunais de contas. Tanto da União quanto dos estados e municípios. Todos, porém, precisam, urgentemente, de uma dose cavalar de modernização administrativa. Por conta das exigências de todos os documentos impressos de cada um dos candidatos que concorrem aos editais de fomento à pesquisa, por exemplo, principalmente no âmbito do Estado, sabe-se Deus quantos hectares de árvores precisam ser derrubadas para se satisfazer as exigências?! Façamos, juntos, uma continha hipotética: um projeto de 30 páginas precisa ser submetido a uma agência de fomento. Como o Tribunal exige todos os documentos de todos os que participam do certame (para manter a lisura do processo, é o argumento deles), no mínimo, 90 cópias deverão ser assinadas e rubricadas. Caso 300 pessoas concorram, são 27 mil cópias a serem rubricadas e assinadas. Não se pode nem fazer uma operação digital da época das cavernas: solicitar que todos os documentos sejam digitalizados, em formato PDF, por exemplo. Seria muito mais racional que todas as submissões fossem feitas em PDF, on-line e, se o Tribunal não arredasse o pé, a agência imprimiria apenas os selecionados e, aí sim, teriam um prazo para receber as assinaturas dos dirigentes legais das instituições envolvidas. Como ocorre hoje, o que existe é um desperdício incalculável de papel, de tempo e de dinheiro público. A intransigência só pode ser uma espécie de atraso do Tribunal no Amazonas. Todas as submissões de projetos e liberação de verbas junto ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNpQ) são on-line. Não se gasta sequer uma folha de papel. Que o TCE mude a mentalidade enquanto ainda temos árvores para chorar copiosamente!


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