sábado, 18 de janeiro de 2014

O binômio amor e desgraça como estereótipo

Há muito uma conhecida rede nacional de televisão não obtinha pontos tão altos na audiência quanto na minissérie "Amores Roubados". No trabalho, nos bares, nas casas, nas Mídias Digitais... só se falava no último capítulo da série. O que mais me impressionou é que tanto entre alguns colegas da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em tese o templo da liberdade, quanto, digamos, "na rua" os argumentos para se justificar a morte em defesa da honra são os mesmos. O mais lindo e nobre dos sentimentos, o amor, que se dane! Inverteram-se apenas os papéis, mas, o binômio amor e desgraça, como estereótipo, foi mantido. Ouvi três adolescentes a discutir a minissérie. Uma delas tentativa justificar o assassinato do personagem Leandro, "porque ele pegou a mulher do cara, a filha do cara e engravidou a melhor amiga da mulher do cara". "Tristão e Isolda", bem como "Romeu e Julieta" são revisitados sempre. No entanto, não se discute o livre arbítrio para o amor. Talvez fosse interessante nós, os professores e professoras, nas universidades, discutirmos o tema com menos preconceito para tirarmos essa aura de que o amor, quando vivido intensamente, é o senhor de todas as desgraças.


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