quinta-feira, 24 de outubro de 2013

A retenção como meta na Pós-graduação

Dia desses ouvi um dos maiores absurdos, pelo menos na minha visão, sobre a duração dos cursos de doutorado na Universidade Federal do Amazonas (Ufam). A discussão era em torno da duração mínima ou máxima dos cursos. Argumentei em favor da necessidade de os bons estudantes, com tempo para se dedicar mais ao curso, terem a chance de sair antes. Em tom de brincadeira, pois penso que não se pode levar a sério uma afirmação dessas, um dos colegas argumentou:"Mas se for um estudante excepcional, tem de ficar mais tempo no curso, para melhorar a produção". Na hora, repreendi imediatamente o colega. Disse que o respeitava mas não poderia concordar com nenhum grama do raciocínio dele. Não é possível, ainda que haja um peso grande das publicações qualificadas nas avaliações dos programas de Pós-graduação, que se pense em reter um estudante com esse fim. A preocupação com a produção (e, consequentemente a produtividade) nos programas de Pós-graduação não pode se transformar em uma sanha paranoica sob pena de o mais importante para a Ciência, os talentos, serem violentamente vilipendiados. Que tenha sido apenas uma mera brincadeira de extremo e péssimo gosto.


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