terça-feira, 13 de agosto de 2013

Mérito, competência e competição

Sejamos, todos nós, realistas: criamos um monstro e ele nos ameaça a saúde mental e a saúde física. Desde o governo de Fernando Henrique Cardoso, e mais acentuadamente nos dois governo de Luiz Inácio Lula da Silva e no Governo Dilma Rousseff, a meritocracia foi implantada. Muitos de nós mordemos a isca porque acreditamos que a meritocracia é um tipo de "valorização" do mérito, algo bem típico do modelo norte-americano. Meritocracia, no entanto, no jargão da administração de finanças, é uma forma de remuneração que leva em conta o "desempenho" dos funcionários. Com isso, o chamado tripé da universidade brasileira deixou de ser a tríade Pesquisa, Extensão e Ensino e passou a ser mérito, competência e competição. Porque há uma briga ferrenha entre pares para "criar" cursos de Pós-graduação Lato-sensu, sempre pagos, para engordar os rendimentos?. Ainda se pode somar a isso uma participação em um Parfor aqui, em um curso de EAD ali, ou em um Pibidi acolá! Na prática, o que se tem é uma remuneração diferenciada baseado em duvidosos critérios de escolha de quem são os "iluminados" a participar deste ou daquele programa. Passamos a valorizar mais a competição, quase insana, em detrimento da colaboração. Costumo dizer aos estudantes de Pós-graduação dos programas nos quais atuo como professor que um projeto de pesquisa é sempre uma obra coletiva, de cooperação intensa durante o período de realização. Entre nós, porém, a cooperação parece minguar a cada dia.


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