O individualismo,
é talvez, o maior dos problemas quando se quer implementar algum tipo de projeto
que tenha por base a "noção de pertencimento". A administração
pública brasileira é tão compartimentada quão as "caixinhas" das
disciplinas que constam na cruel e autoritária denominação:"grande
curricular". Modernamente, as disciplinas, em separado, não conseguem mais
dar conta de explicar "quem somos nós" neste universo da vida. Pensar
que os estudantes, sozinhos, são capazes de fazer as interconexões entre os
saberes contidos nas inúmeras disciplinas pelas quais passam é utopia. Por
analogia, acontece ao mesmo no "serviço público". Historicamente
acostumados a "lavar as mãos" como fizera Pilatos, somos levados a
crer que basta "fazermos a nossa parte" que o todo ficará completo.
Ledo engano! Como bem ressaltam todos os estudiosos dos sistemas, a soma das
partes sempre será maior que o todo. Um serviço público de excelência só será
oferecido com o nível que a população merece recebê-lo quando os
administradores tiverem uma visão "maior que a soma das partes" e
souberem conduzir a "costura" das interconexões. Caso contrário, cada
um fará a sua parte como se "até aqui fosse comigo" e daqui em diante
com o outro. Sem a noção de pertencimento e a noção do todo, partes podem ser
postadas lado a lado, porém, sem nenhum nexo. É um desafio hercúleo conectá-las!
Mas, vale a pena!
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Não seria "o todo é maior que a soma das partes"? Já que o todo comporta as relações, que não fazem parte das partes individualmente? Enfim, só uma dúvida passageira.
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