terça-feira, 11 de junho de 2013

Por uma puerigogia nas universidades

Ao ingressar no curso de Mestrado em Administração da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), deparei-me com a expressão "andragogia". Isso por volta de 1996. Até então, só ouvia falar tradicionalmente em Pedagogia, que tem origem na Grécia Antiga e é a junção dos termos paidós (criança) e agogé (condução). Pedagogia, portanto, significa a condução da criança. Credita-se à Malcom Knowles, a elaboração, na década de 70 da definição de Andragogia. Para ele, "é a arte ou ciência de orientar adultos a aprender". De forma mais geral, o termo é usado para significar "educação voltada para adultos". è uma contraposição, portanto, à Pedagogia, cujo foco original não as crianças. O educador Pierre Furter considera que andragogia "é um conceito amplo de educação do ser humano, em qualquer idade." Já a UNESCO utilizou o termo para significar "educação continuada". Aqui, portanto, atrevo-me a propor a existência da puerigogia, voltada exclusivamente para métodos e didáticas dedicadas à educação de adolescentes. O perfil do estudante universitário mudou sensivelmente. Hoje, nós, os professores (e professoras), não estamos preparados para lidar, nem didática, nem tecnicamente, com jovens na faixa dos 15 aos 17 anos. São adolescentes com a libido a mil, formados na era dos jogos eletrônicos e digitais (e dos livros na mesma plataforma), que chegam a uma escola extremamente tradicional em tudo. É preciso pesquisar e aprofundar uma forma de se relacionar com esses jovens, em sala de aula. A puerigogia se nos apresenta como auxiliar ao processo de ensino-aprendizagem desses jovens que ingressam nos primeiros período das universidades com 15 anos e com os quais temos pouca habilidade em lidar. Certamente um campo fértil para pesquisa, principalmente pelo ineditismo da proposta. Quem aceita o desafio de ser desbravador dessas terras nunca d´antes pisadas?

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OBS: Post do dia 10/06/2013

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