quarta-feira, 19 de junho de 2013

Os tolos teóricos da conspiração

Pode parece brincadeira, mas, ouvi, nos corredores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) que a mobilização de jovens indo às ruas para protestar contra o aumento da passagem de ônibus, contras as obras superfaturadas da Copa do Mundo e contra a corrupção que grassa no País "tem os militares por trás". É preciso ser muito alienado, ou um perfeito idiota, ou ambos, para acreditar que os militares brasileiros, depois de tanto tempo, conseguiram recuperar as forças e tirar os jovens (e as demais pessoas de todas as idades) das suas casas para protestar. O que esses teóricos do besteirol nunca quiseram nem estudar é o fenômeno das Mídias Digitais. Como, inicialmente, só se fazia, no Brasil ativismo de ponta de dedos, ficou a ideia de que o povo estava anestesiado. O que se tem desta vez é um movimento cujas caras não são pintadas (como na era Collor), mas que, também, não tem a cara dos partidos políticos nem das organizações sindicais, todas elas sob o jugo do Partido dos Trabalhadores (PT). Nem a gloriosa União Nacional do Estudantes (UNE) sai do casulo. Não avaliar corretamente o potencial das Mídias Digitais, especificamente das Mídias Sociais, parece ter sido o erro do Governo e dos chamados "estudiosos". Agora, diante do fenômeno, não sabem nem o que dizer ou fazer. Subestimar a inteligência coletiva talvez seja o maior erro do governantes. De nós, os pesquisadores, os erros também aparecem. Essa hipótese de os militares serem o vetor das manifestações é patética. Coisa de quem não conhece nem estuda as Mídias Digitais.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

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OBS: Post do dia 18/06/2013

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