quarta-feira, 22 de maio de 2013

Muito além dos muros da escola

Em quaisquer dos níveis, do Ensino Básico ao Superior, mais que tudo neste último, é tão utópico esperar (inclusive lutar) por uma mudança de status quo, a partir da escola, quanto chegar ao Sol com asas pregadas com cera. Como aparelho ideológico do Estado, a Escola serve, em verdade, para formatar pessoas. A fazê-las entenderem que não há vida além do Capitalismo e que, o máximo que se pode conseguir é uma espécie de socialismo chapa branca, ou seja, socialismo de Estado, no qual as medidas de inclusão são sempre "bancadas" na base da imposição. E por assim serem, não contam nem com o reconhecimento, muito menos aceitação, por parte da sociedade que, no fundo, reza pela cartilha da exclusão e da competição capitalista vigente. À parte essas constatações óbvias, o próprio sistema educacional brasileiro é castrador e excludente por essência. Foi criado para perpetuar hereditariamente castas e feudos profissionais nos quais pais passam os bastões para filhos, que passam para os netos, bisnetos ao infinito. É como se profissão fosse uma empresa cujo processo de sucessão começa nas universidades, com filhos, netos e bisnetos como membros da mesma linhagem profissional. Como esperar alguma mudança, uma revolução nas práticas, inclusive pedagógicas, se a função precípua da universidades, nessas áreas, é não mudar nada? Ou se amplia a visão educacional para além dos muros da escola ou estamos fadados a mudar do nada para coisa nenhuma.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!


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