sábado, 6 de abril de 2013

A balela de que a Ufam está dividida


Só pode ser balela, má-fé ou choro de perdedor essa visão que querem passar de que a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) terminou a Consulta Pública dividida. Só se for dividida entre os que aceitam o resultado das urnas, erguem as mãos e começam a trabalhar no dia seguinte pela instituição e os que morrem de inveja e ficam a ranger os dentes pelos cantos. A primeira aberração é contestar a legitimidade da eleição com o argumento de que houve 75% de abstenção. E daí? Numa consulta na qual o voto não é obrigatório, comparece às urnas quem quer. Nas última consultas realizadas na Ufam o percentual de votantes é sempre o mesmo. Sair desta análise rasteira das abstenções e passar a forçar a barra e dizer que a universidade "está dividida", só pode ser coisa de quem não saber fazer uma operação básica de regra de três simples. Se não, vejamos os resultados por categorias. De um total de 1.291 professores que votaram, a CHAPA 10 - UFAM SEMPRE MELHOR, obteve 924 votos. Isso significa, em termos percentuais, que entre os professores da Ufam, 71,57% votaram na professora Márcia Perales Mendes Silva. Ao que me parece, nem com a maior boa vontade do mundo se pode dizer que os professores ficaram divididos no voto. Deram uma maioria folgada à CHAPA 10. Entre os Técnicos Administrativos em Educação (TAEs), 856, de um total 1.362 válidos, votaram na CHAPA 10. Em termos percentuais, foram 62,84% que votaram em Márcia Perales. Se isso é "estar dividida", minha capacidade de interpretar o termo dividida esvaiu-se com o trabalho realizado durante a consulta e a apuração. Entre os estudantes, dos 5.755 votos válidos, a CHAPA 10, obteve 2.745 votos. O percentual aqui é de 47,69% dos votos. O termo "dividida", na acepção que vem sendo amplamente divulgada nas Mídias Digitais por alguns perdedores, no meu modesto entendimento, significa "partida ao meio". Também poderíamos dizer que "próximos do meio". Do ponto de vista do erro amostral mais usado, de 3% para mais ou para menos, tendo como base o meio, ou seja, 50%. Quando, em uma disputa, os percentuais giram entre 47% e 53%, é perfeitamente aceitável se dizer que há uma "divisão". Dos três segmentos que votaram, portanto, entre os estudantes, se pode dizer que a Ufam ficou "dividida", uma vez que a CHAPA 10 obteve 47,69%. Mas, só nesse caso específico dos estudantes. Quando se somam os três segmentos e se jogam na fórmula da paridade, a CHAPA 10 termina a disputa com 60,76% dos votos. Com percentual desses, bem acima da metade, que é 50% e fora do intervalo de erro amostral, dizer que a "Ufam terminou dividida" só pode ser má-fé ou uma piada de extremo mal gosto de quem não sabe perder. Fosse eu um mal perdedor, diria, por exemplo, que os estudantes foram seduzidos pelo discurso (e pela propaganda) populista e demagógico do adversário. Poderia reforçar meu argumento dizendo que os estudantes que votaram foram dos períodos iniciais, portanto, não conhecem a realidade, não vivenciam a universidade. Seria, no entanto, um mero discurso de perdedor inconformado. Não cairei nesta balela! Não cairemos!

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

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OBS: Post do dia 05/04/2013

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