domingo, 31 de março de 2013

Os donos-da-verdade na Ufam


É impressionante o número de pessoas que se julga dono-da-verdade no momento atual da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), na chamada de Consulta Pública. São tantos os "especialistas" que dá vontade de rir para não ter de chorar. Depois que se decidiu a primeira fase do processo, quando a Chapa 10, encabeçada pela reitora licenciada, Márcia Perales, obteve, 48,62% dos votos, e ficou em primeiro lugar e a Chapa 33, de Sylvio Puga, teve 33,14% dos votos, todo o tipo de "palpite" passou a ser dado. Mais do que a fanfarronice de muitos, chama-me a atenção o silêncio sepulcral de uma turma de "aloprados" (e covardes), que sempre se esconderam por trás de avatares, e atacaram covardemente não a administração da professora Márcia Perales Mendes Silva, mas, a própria professora. Diziam que ela seria "enxotada" da Reitoria, que não teria nem coragem de se candidatar e coisas do gênero. Após a fala das urnas no primeiro turno, ainda não abriram o bico. Política não se faz dessa forma extremamente desonesta, baseada em ataques pessoais, em disse-me-disse e tentativas torpes de denegrir a imagem e a vida pessoal de quem quer que seja. Quando a crítica é baseada em ideias, antigos aliados podem virar adversários e antigos adversários transformam-se em aliados, pois, impera o respeito, como aconteceu comigo e com o professor Nélson Noronha em relação à professora Márcia Perales, por exemplo. Nem eu nem ele somos "donos-da-verdade". Nem consideramos que a professora Márcia Perales o seja. E, em nenhum momento, sentamos, os três, para superar nossas divergências. Mesmo em separado, porém, mantivemos a essência da vida em universidade: o respeito ao outro, à diversidades, àqueles que não pensam como nós. Diferentemente de quem considera que a verdade tem dono, qualquer que seja o resultado do segundo turno, manteremos, os três, nossa autonomia e nosso direito à divergência. Acima de tudo isso, porém, está o respeito à Ufam e à universidade pública, gratuita e de qualidade. É isso que nos une e nos faz, paradoxalmente, diferentes. E é por isso que nos respeitamos. Sem, em nenhum momento, temos a petulância de nos julgarmos donos-da-verdade. Para o bem da própria Ufam.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

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OBS: Post do dia 30/03/2013

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