sábado, 23 de fevereiro de 2013

Estarrecedora manifestação de preconceito na UnB


Mais uma vez a universidade brasileira como um todo entra para as estatísticas de locus de um tipo de preconceito estarrecedor. Uma estudante da Universidade de Brasília (UnB), levou chutes e socos e foi chamada de "lésbica nojenta" no estacionamento do Instituto Central de Ciências (ICC) daquela universidade. O fato ocorreu segunda-feira, dia 18 de fevereiro, no Campus Darcy Ribeiro. Mais estarrecedor que a própria manifestação de preconceito do agressor é o surgimento (e crescimento) de uma leva de conservadores e reacionários, em todos os níveis, nas universidades. O espaço da troca de saberes e da liberdade, paulatinamente, é substituído pela troca de ofensas, socos e pontapés. O preconceito é uma das espécies de violência das mais graves por ser do tipo psicológica. Por afetar a convivência social. Por nos isolar a vítima no grupo e privá-la do convivência com seus pares. Não se pode admitir nem a violência psíquica, o que se dirá da violência física. De violência física dentro de uma universidade, aliás, entendo mais do que ninguém, neste País. Fui agredido em pleno auditório Rio Negro, do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL). Autoridades, ou pessoas ligadas ao poder, ainda mantém aquela ideia de que a universidade é uma mera extensão dos poderes do Estado e do Município. Por isso, comandam, em alguns casos, a violência psicológica (e até física). Quando essa violência, até física, parte de dentro da própria comunidade, contra minorias, é ainda mais grave e inaceitável. O número de casos e a constância com que se repetem indicam que o Ministério da Educação, certamente, será obrigado a intensificar, por meio de política públicas, o combate ao preconceito em todos os níveis.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

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