A
universidade brasileira, em alguns casos, parece desconhecer a importância e o
papel que tem no processo de melhoria da Educação. O mais
fundamental, ao meu ver, é ser agente ativo na transformação da qualidade nos
Ensino Médio e Fundamental. Se não, vejamos! Nenhuma universidade pública
brasileira pode "cruzar os braços" como se, ao formar estudantes, já
tivesse cumprido plenamente seu papel. É preciso ir além. Aproximar-se das
redes estadual e municipal de ensino para elevar a qualidade é um dos caminhos.
Outro ponto essencial é cuidar "das saídas" e não "das
entradas". Idealmente, não seria necessário nem que existisse processo de
seleção para o ingresso nas instituições. No entanto, por força da demanda, ou
seja, da necessidade de as pessoas ingressarem na Educação Superior Pública,
selecionar os ingressantes é necessário pela falta de vagas suficientes para
todos os que estão habilitados. Eis o primeiro problema: nem
sempre, os candidatos estão efetivamente habilitados. Eis o segundo motivo da
seleção. Quando falo que é preciso cuidar "das saídas" é exatamente
porque, se somos criteriosos em selecionar os que entram, devemos ser muito
mais criteriosos com os que "vão sair". Não posso encarar como
natural, por exemplo, que estudantes da mesma universidades, graduados, tenham
desempenho tão ruim, por exemplo, no processo de seleção para algum programa de
Pós-graduação. Como podemos admitir que um estudante não consiga ser aprovado
em um concurso pública de carreira na instituição na qual foi formado? Ainda
que indiretamente, cuidar da efetiva qualidade na formação dos egressos é o
papel mais importante da universidade no sentido de melhorar a Educação
brasileira em todos os níveis. Vale pensar sobre o assunto com seriedade e
não-apenas como plataformas eleiçoeiras.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!
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