domingo, 20 de janeiro de 2013

MEC constata falta de condições de trabalho nas universidades


Seria cômico se não fosse trágico, mas, enfim, quatro meses após o fim da mais longa greve dos últimos tempos entre os professores e professoras das universidades públicas federais brasileiras, o Ministério da Educação (MEC) e o jornal Folha de S. Paulo, descobriram o porquê de termos feito a greve. A comissão mista que avalia o processo de expansão da universidade pública brasileira, especificamente o do Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) entregou ao Ministro Aloizio Mercadante Oliva o relatório final de um trabalho que começara há seis meses. E, basicamente, constatou os mesmos problemas da falta de condições de trabalho apontado pelos professores e professores na pauta de reivindicação que resultou na greve de 120 dias. A comissão indicou medidas a serem tomadas para garantir "um ensino de qualidade". Instituído em 2007, por decreto, o Reuni ampliou o número de vagas para o ingressos de estudantes nas universidades públicas brasileiras mas não ocorreu a expansão do número de professores e de técnicos na mesma proporção do crescimento do número de estudantes. A crise que a universidade brasileira enfrenta é resultado de 20 anos sem verbas para manutenção e custeio. Uma das proposições da comissão é que seja feito um resgate desse passivo. Sem muitos detalhes, pois só na próxima semana o relatório será disponibilizado no site do MEC, a comissão indica que o Reuni teve problemas exatamente por esbarrar na falta de verbas para custeio das universidades brasileiras. A comissão, criada em julho de 2012, foi composta por dois representantes do Ministério da Educação (MEC) e o mesmo número de representantes da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), da UNE e dos estudantes de pós-graduação do Brasil. Resta saber o que será efetivamente feito para que nós, professores e professoras, tenhamos condições dignas de trabalho, fato que, não ocorre, nesses últimos 20 anos.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

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