quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A mão que te afaga é a mesma que te apedreja


Bastou a campanha para a nova consulta à reitoria da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) começar para se ter claramente um retrado de "o que são os corredores" da Instituição. E, foi-se, de vez, a minha santa ingenuidade de pensar que, um dia, alguma campanha, por ser na Ufam, pudesse ser limpa e baseada e ideias e propostas. O que ocorre, e eu já sabia disso quando fui candidato por duas vezes, é um linchamento moral às escondidas, nos porões. É como se ratazanas deixassem os bueiros e fossas e emergissem para enlamear os corredores. Quando se é o candidato, no entanto, poucas coisas chegam aos nossos ouvidos. Grande parte da equipe se encarrega de "blindar" a pessoa a fim de que ela não reaja. não cometa até um ato impensado, quase insano, diante dos boatos e fofocas que circular descaradamente, claro, porém, à boca pequena. Alguns verdadeiros, outros, baseados em verdades, mas, como matizes mais sujas para ferrar este ou aquele candidato. Há uma vantagem quando não se é candidato, as cobras passam a querer te envenenar ou pelos corredores ou ao telefone. Com isso, descobre-se que a mão que afaga não é a mesma que apedreja, é a que te destrói moralmente a fundo. Sonhar com uma disputa baseada em ideias e projetos talvez seja a maior das utopias. A cada dia que passa, e com o que me chega aos ouvidos, tenho mais convicção de que tomei a decisão certa em não mais participar (pelo menos este ano) da disputa. Defenderei, porém, com unhas e dentes, a convicção de quem o voto para a reitoria deve ser baseado em ideias e projetos. Quem me abordar para tratar da vida particular de A, B ou C, ou partir para ataques pessoais e à dignidade dos candidatos (ou candidatas), não terá meu voto. Na disputa da Ufam, um voto pode definir o resultado. Portanto, fico o apelo para que outros membros da comunidade tomem a mesma decisão: escolham o melhor projeto, a melhor proposta. Não tomem a decisão baseada na pior fofoca!

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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Os equívocos da EAD na Educação Superior


Não tenho nenhum tipo de preconceito quanto ao uso das Mídias Digitais em sala de aula. No Programa de Mídias Digitais da Universidade Federal do Amazonas (ECOEM/UFAM), inclusive, eu e o professor Danilo Egle passamos a experimentar o Facebook como auxiliar ao processo de aprendizagem durante este semestre. Ao final, publicaremos um artigo sobre a experiência. Há, no País, porém, tanto por parte do Ministério da Educação, na ânsia de aumentar suas estatísticas, quanto nas Instituições particulares, na ânsia do lucro pelo lucro, um equívoco dos mais graves: considerar que a Educação a Distância (EAD) solucionará os problemas da Educação Superior brasileira. Não o fará! Pode, ao máximo, funcionar como uma excelente "fábrica de diplomas", porém, os formados tendem a não ter o mesmo nível dos formados presencialmente, como todos os problemas estruturais enfrentados pelas universidades públicas brasileiras. E digo o porquê! Na EAD, o comprometimento e a responsabilidade do estudante precisam ser dobradas. Mais dedicação, mais estudo, mais leitura! Atualmente, nem na sala presencial se consegue o comprometimento e a "entrega" da totalidade da turma. O que se dirá de uma turma de 300 estudantes, à distância, mediados por tutores? Outra premissa essencial para que a EAD dê certo? A capacidade de leitura, interpretação de textos e de escrita. Não se precisa ser nenhum gênio para saber que os estudantes de EAD ou são trabalhadores que não possuem tempo para estudar na "escola" tradicional ou nela não conseguiram ingressar. Por terem ficado pelo meio do caminho nos processos seletivos bem mais refinados que os utilizados para a "formação das turmas" em EAD. Resultado: nem se precisa ir muito longe para concluir que estudantes com esses perfis possuem pouca possibilidade de realizar uma monografia, à distância, com qualidade razoável. Como consequência de tudo isso, o que se tem hoje no Brasil é um mercado de venda de "teses e dissertações", inclusive pela Internet, que não para de crescer. Por conta da hipocrisia coletiva que reina, ninguém quer discutir, com profundidade, o problema. Ao fim das contas, nos mais longínquos rincões do País, há um exército de portadores de diploma de nível superior, analfabetos funcionais, a engrossar as estatísticas positivas do MEC e das Instituições particulares. E nós, tranquilamente, encostamos a cabeça no travesseiro e fingimos que não temos nada com isso! Bem! Confesso que sinto um pouco de vergonha e toparia rediscutir todo o processo. Quem aceita?!

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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

SBPC e ABC contra a Lei que (des) estrutura a Carreira


Hoje pouco escreverei. Limitar-me-ei a lembrar que, não faz muito tempo, na greve dos professores e professoras das universidades federais, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) alertava para os graves problemas advindos de um acordo forjado entre o Governo Federal de uma entidade fantasma denominada Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (PROIFES) e que "suspendeu" a greve. Do episódio ficou a demonstração de que este Governo que aí está não respeita o ANDES-SN, pois, unilateralmente assinou um documento que deu origem ao PL 4368, que se transformou em Lei meteoricamente no Congresso e foi sancionado pela presidente Dilma Rouseff (PT). Em novembro do ano passado, ABC e SBPC publicaram conjuntamente um manifesto contra a Carreira proposta pelo Governo Federal e prontamente aceita pelo arremedo de Federação. A Lei foi aprovada com ínfimas modificações, portanto, valem todas as observações feitas pelas duas entidades. Veja o teor completo do Manifesto:
"A Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) vêm, através do presente documento, manifestar suas preocupações quanto ao Projeto de Lei 4368 que redefine a carreira docente nas Universidades Públicas Federais.
Foram detectados aspectos que poderão trazer graves dificuldades, problemas e, por que não dizer, retrocesso, para as Universidades Federais Brasileiras, principalmente no que tange a qualidade da Pesquisa e do Ensino de Graduação e Pós-Graduação.
Nossas propostas se concentram, basicamente, em três pontos do Projeto, a saber:
1. O sistema previsto para ingresso na carreira (que passará a ser necessariamente no primeiro nível);
2. A definição das atividades compatíveis com o regime de dedicação exclusiva (DE);
3. O papel do MEC no estabelecimento de critérios para promoções, avaliações e concursos.
Por que o ingresso na carreira não tem que ser necessariamente no primeiro nível
O art. 8º do PL prevê que o ingresso na carreira docente só ocorrerá no primeiro nível da classe de Auxiliar, mediante concurso para o qual se exige apenas diploma de graduação. Mesmo quem já tenha título de doutorado será Auxiliar por três anos, já que não poderá ser promovido para Adjunto antes do estágio probatório (cf. art. 13 do PL). Embora ele receba uma Retribuição por Titulação correspondente ao título, na tabela remuneração de 2015, o nível salarial correspondente (de Auxiliar 1) apresenta uma perda real de 2% em relação ao salário atual de Adjunto 1.
O problema crucial, portanto, é diminuir a atratividade da carreira docente, e inviabilizar que se abram concursos com exigência de titulação. Consideramos o sistema atual - que permite a abertura de concursos para o primeiro nível das classes de Auxiliar, Assistente e Adjunto - muito mais adequado ao atual estágio da universidade brasileira.
Embora a prática de concursos para Adjunto tenha sido comum nas Universidades nesses 24 anos, e que isso não tenha sido questionado judicialmente, difundiu-se a ideia - equivocada - de que essa sistemática não é compatível com os princípios e regras que regem a Administração Pública na Constituição. O sistema atual é flexível e não veda a solicitação, por parte das Unidades, de vagas nas classes de Assistente ou mesmo Auxiliar. Porém, entendemos que essas vagas devem ser solicitadas em caráter excepcional, acompanhado de justificativa sólida da necessidade das mesmas e de um compromisso da Unidade solicitante de que tais docentes contratados serão incentivados a se qualificarem para obtenção do grau de doutor.
O único requisito para ingresso na carreira previsto legalmente (caso o PL seja aprovado) será o título de graduação (art. 8º, § 1º); e ainda que o edital venha a estabelecer requisitos adicionais, isso poderá ser contestado, pois tais requisitos não terão sido previstos em Lei. Isso tornará impossível exigir titulação de doutorado como critério para investidura no cargo, mesmo que seja previsto no Edital do concurso.
Por isso, propomos uma modificação no art. 8º que mantém os termos do sistema atual, em que os concursos possam ser realizados para o primeiro nível de Auxiliar, de Assistente ou de Adjunto.
A definição das atividades compatíveis com o regime de dedicação exclusiva (DE)
O PL, em seu art. 21, que enumera as atividades remuneradas compatíveis com o regime de DE, deixou de prever uma situação prevista no sistema atual que é a colaboração esporádica em assuntos de especialidade, devidamente autorizada pela instituição e de acordo com regras próprias.
Essa hipótese, no entanto, é a que respalda uma série de contratos em vigor - que têm sido prática corrente na Universidade -, inclusive práticas respaldadas pela Lei de Inovação Tecnológica (Lei 10.973/2004), voltadas para estimular a participação ativa de docentes das Instituições Públicas de Pesquisa em projetos que envolvam as instituições de ciência e tecnologia e empresas.
Entendemos que os benefícios alcançados nos últimos anos seriam ameaçados se essa hipótese deixar de ser prevista, o que representaria, inclusive, um movimento no sentido contrário aos importantes passos dados na Lei de Inovação.
O papel do MEC no estabelecimento de critérios para promoções, avaliações e concursos
O art. 12 do PL traça as regras para desenvolvimento do docente na carreira. Chamou-nos a atenção, em primeiro lugar, o fato de a promoção para Assistente e para Adjunto não exigir a titulação correspondente (Mestrado e Doutorado, respectivamente). Além disso, há a previsão de participação do MEC na formulação de critérios para avaliação (§§ 4º e 5º), sem a menção devida às competências da própria IFES no estabelecimento dessas regras.
Particularmente em relação à avaliação para professor titular (§ 5º), pareceu-nos inadequada a previsão de que a regulamentação desse processo fosse atribuída ao Ministro de Estado da Educação. Respeitando os princípios da autonomia universitária, pensamos que essa participação deve se limitar a estabelecer diretrizes gerais, ficando cada IFES com a atribuição de estabelecer suas próprias regras e critérios. Tais diretrizes não devem ficar ao sabor da política de governo - e, por isso, não devem ficar na alçada do Ministro, mas sim de uma instância coletiva do MEC que costuma estabelecer regras para o ensino superior (a CES do CNE).
Finalmente, entendemos que a dispensa da detenção de título de Mestre e Doutor para promoção a Assistente e a Adjunto deste PL representará um retrocesso no esforço que as universidades federais vêm fazendo no sentido de titular seus docentes, visando a melhoria da qualidade do ensino e da pesquisa praticados nas universidades federais públicas.
Conclamamos, pois, os Exmos. Srs. Deputados de nosso Congresso Nacional a retificar o texto original de acordo com os pontos aqui levantados, dando assim grande contribuição para que nossas Universidades Federais Públicas caminhem em direção a excelência do ensino e da pesquisa. Como sabem V. Exas. este é o único caminho para termos uma nação dotada de competências nos diversos ramos do saber, que a levará a um pleno desenvolvimento socioeconômico, a par com os países mais avançados do mundo.
Muito cordialmente,
Jacob Palis
Presidente
Academia Brasileira de Ciências
Helena Nader
Presidente
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência"

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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

A mentira de quem diz que publica verdades


Entendo que os cursos de jornalismo das universidades brasileiras, públicas ou particulares, precisavam, definitivamente, desfazer o mito de que jornais "publicam verdades". Em quaisquer dos meios (Jornal, Rádio ou Tv), jornalistas não trabalham com fatos, como muitos pensam e se orgulham em dizer. Jornalistas tornam públicas versões, mas acreditam piamente, e sentem orgulho em proclamar, que publicam fatos. Esquecem que ao ouvirem "os dois lados", publicam duas versões diferentes sobre o mesmo fato. Sem contar a própria versão que o jornalista dá ao fato a partir das versões ouvidas. No mais das vezes, sem que esteja presente ao local do fato descrito em boa parte das notícias publicadas. Essa espécie de "nota introdutória" é fundamental para se afirmar que, não apenas em grandes tragédias, mas, em qualquer das notícias publicadas, o jornalista corre sempre o risco de publicar versões altamente distantes dos fatos. Ensino aos meus estudantes de jornalismo da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) que não existe verdade. O nosso desafio de jornalista é buscar versões maximamente próximas do fato. Não significa, porém, que tenhamos certeza absoluta de que as versões se aproximam do que é o fato de fato. O jornalista reconhece as limitações da profissão. O bom professor de jornalismo não ilude futuros jornalistas. Todos temos, porém, de reconhecer que, apesar das imperfeições intrínsecas à profissão, o mundo seria muito pior se notícias fossem proibidas de circular, de serem publicadas. Mentem, descaradamente, porém, os meios de comunicação que afirmam publicar verdades. Corra às léguas desses pois, certamente, estão a te enganar.

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domingo, 27 de janeiro de 2013

A prestação de serviços que interfere na Ciência


Quando da época da campanha para a escolha dos novos dirigentes (ou a manutenção dos atuais) das universidades federais, como é o caso, agora, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) sempre ouço a mesma ladainha: "Vou examinar bem a proposta dos candidatos e o projeto de universidade. Porém, só voto em quem me deixar trabalhar". É preciso, no entanto, estar bem-preparado para decifrar a mensagem não dita. "Quem me deixa trabalhar" é o candidato que fizer vistas grossas, ou defender abertamente, a "prestação de serviços" por parte da universidade pública brasileira. Incentivados pelo próprio Governo Federal, que há 20 anos não libera verbas de manutenção e custeio, professores, técnicos e até estudantes se viram obrigados a entrar na roda-vida do "capitalismo de estado". Os Grupos de Pesquisas, que, inicialmente, deveriam ser o local do desenvolvimento da pesquisa com o fim de melhorar a vida das pessoas, ou seja da sociedade, transformaram-se em meros escritórios de negócios, dentro das próprias universidades. Ou para concorrer aos editais do Governo e das agências de fomento ou para a prestação de serviços, às vezes aos governos Estadual e Municipal, às vezes às empresas particulares. Ensino, Pesquisa e Extensão, tidos como o tripé da universidade brasileira, passam a existir para servir aos interesses não da coletividade, mas, dos feudos internos (dos dois ou três professores [e professoras] que o comandam). Ao fim desse ciclo de "negociações", o que se tem, efetivamente, é a Ciência completamente contaminada pelas relações incestuosas com o capital. Não sou daqueles chatoxiitas das universidades brasileiras que não aceitam nenhum tipo de financiamento que não seja público. Creio que há alguns tipos de serviços de consultorias e cursos que podem sim, ser prestados pelas universidades. Não creio, porém, que um Relatório de Impacto Ambiental, resultado de um acordo firmado entre uma universidade pública e uma Petrobrás, por exemplo, seja isento. Sem duvidar, em nenhum momento, da honestidade das pessoas que participam desse tipo de serviço, vejo que a Ciência sofre interferência sim. Que os relatos resultados desse tipo de contrato, quer para gasodutos, pontes e estradas, jamais levarão em conta os interesses das comunidades, da sociedade. Serão sempre produzidos com o fim de "ajudar" a empresa (ou o Governo) a obter a licença ambiental que deseja. Por mais otimistas que sejamos, das ações prometidas como fim de mitigar os danos, poucas saem do papel. Tornam-se ornamentos dos tais relatórios. E isso é apenas um dos exemplo de que a Ciência, ou seja, a pesquisa, é contaminada pela prestação de serviços. Uma universidade pública é financiada com recursos públicos. Deveria sim, fazer todo o tipo de acordo com a finalidade de servir os entes públicos e melhorar a vida das pessoas. Quando até o espaço físico das universidades e os recursos públicos são usados apenas para melhorar a vida de determinados professores e professoras talvez possamos entender a luta suja que se instala para se chegar ao poder ou a ele voltar. Precisamos repensar urgentemente o modelo de universidade que aí está. A cada greve o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) aponta as contradições do modelo atual. Ao final da greve, quando voltam para as suas atividades e se deparam com o processo de escolha dos dirigentes, professores e professoras parecem esquecer tudo o que discutiram e o modelo que criticaram. Grupos que representam a afirmação do modelo que aí está deveriam ser rifados nas disputas. Curiosamente, são os que mais conseguem votos. Talvez, porque, no fundo, são aqueles que "deixam trabalhar".

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sábado, 26 de janeiro de 2013

Uma cruzada em favor da loucura na universidade brasileira


Ao ingressar na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em março de 1993, uma das coisas que mais me marcaram foi ler, em uma matéria publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, que 90% (noventa por cento) da energia gasta pelos professores da Universidade de São Paulo (Usp) era em inveja contra os colegas professores (e professoras). Desde então, pensei em fazer uma espécie de "cruzada em favor da saúde mental na universidade brasileira". Confesso, inclusive, que o título inicial desta postagem era "uma cruzada em favor da saúde mental na universidade brasileira". Isso porque, tive acesso ao texto "A síndrome do pequeno poder". Lá, encontrei uma observação: "Qualquer semelhança com a nossa ordem maçônica é mera coincidência". A cada letra lida, a cada espaço em branco vencido ficava a certeza: "qualquer semelhança com o momento atual vivido pela Ufam, certamente, não é mera coincidência". Se não, vejamos, apenas um trecho do texto: "A SÍNDROME DO PEQUENO PODER, faz com que as pessoas venham a imaginar que detém um poder maior do que as outras. Muitas vezes é um poder herdado por tradição, pela força bruta ou por algum transtorno dissociativo também conhecido na psicologia como SÍNDROME DA PERSONALIDADE POSSESSIVA E OBSSESSIVA ou SÍNDROME DO NARCISISMO MALIGNO." À parte os erros de grafia, é para refletirmos, como profundidade, sobre o que acontece em nosso ambiente de trabalho. Tomasse este rumo, porém, manteria o título inicial e escreveria uma postagem raivosa e vil sobre quem resolveu praticar a cretinice como regra e o exercício do "pequeno poder" como obsessão. Resolvi nem citar o nome da pessoa que imagina poder manipular as outras pessoas a vida inteira dentro da Ufam e obter delas a subserviência permanente. Aliás, há muitos com essa maldita síndrome. Na Usp, à época, eram 90 % a querer trucidar os colegas. Na Ufam, sabe-se Deus quantos os são. Há representantes entre os ex-reitores, ex-diretores, ex-presidentes da Adua, DCE, Centros Acadêmicos, enfim, há quem não consiga viver feliz se não estiver a praticar o exercício da manipulação permanentemente. Mudei o título, portanto, melhor mudar o ritmo desta prosa para a amorosidade e a afetividade. Que tal tomarmos como modelo Maria Luiza Cardinale Baptista que, inclusive, prefere ser chamada de Maluca, um acróstico com as sílabas iniciais do seu nome e mantém uma empresa, a Pazza, cujo significado em italiano é louca, para fazermos um libelo em favor da loucura na academia? Desde que conheci o texto "Emoção e subjetividade na paixão-pesquisa..." da minha doce, querida e maluca, Maria Luiza Cardinale Baptista, que veio à Ufam participar de um Seminário do Programa de Pós-gradução em Ciências da Comunicação (PPGCCOM) convenci-me de que, talvez, a saúde mental seja a maior doença da universidade brasileira. Maria Luiza é tão maluca que teve a ousadia de criar o AMORCOM!: Grupo de Estudos e Produção em Comunicação, Amorosidade e Autopoiese. Depois de 104 anos de existência, não seria chegada a hora de a Ufam fazer uma opção pelo respeito, pela amorosidade e pela tolerância e dizer um não peremptório a qualquer grupo que queira exercitar a "Síndrome do pequeno poder"? Será que não seremos capazes de dizer não a essas "psicopatologias insanáveis" (de determinadas figuras da Ufam) que querem vampirizá-la e aparelhá-la? A Ufam em particular, e a universidade brasileira, no geral, não devem mais aceitar a prática da intolerância e da cretinice como regra. Devemos, em conjunto, crescer como gente passarmos a defender a afetividade e a amorosidade como basilar para o estabelecimento de todas as relações dentro das instituições. Não podemos nos deixar dominar por alguns dos problemas periféricos advindos da "síndrome do pequeno poder", dentre eles o "PATRIARCALISMO: relações familiares e de gênero entre o homem e a mulher; o ADULTOCENTRISMO: relações familiares entre pai e filhos e a SUBORDINAÇÃO: assimetria de relações de gênero entre homem e mulher e ainda de ingerência exacerbada da chefia para com os chefiados." A tendência de quem possui a doença o "pequeno poder" é transformar, pela força, subordinação em subserviência. Isso acontece, porém, com quem indica o sucessor e quer governar por ele. Qualquer semelhança entre os conflitos vividos pelo governador Omar Aziz e o ex-governador Eduardo Braga, não é mera coincidência. Assim como não é mera coincidência o que ocorre na Ufam atualmente. Exercitar o amor ao invés do ódio, a compreensão (e a negociação) ao invés da subserviência talvez seja o primeiro passo a ser dado nas universidades brasileiras para que as pessoas consigam transformá-la em um lugar melhor para se viver, portanto, para se trabalhar. Parafraseando Maria Luizia Cardinale, que vivamos uma "louca paixão" pelo nosso local de trabalho! Sem, no entanto, ter o ódio e a vilania nem com fim nem como meio.

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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Na universidade, o cretino manipula, o cientista convence


Na minha última aula de Fundamentos de Administração, do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), que ocorre, neste período letivo, sempre às quintas-feiras, abordei o tema da Comunicação Eficaz e suas relações com o Gerenciamento da Informação e da Comunicação nas Organizações modernas. Trata-se de um tema que, particularmente, me interessa muito e, inclusive, é meu objeto de pesquisa, bem como, é o que se pode chamar de espinha dorsal do Programa de Mídias Digitais da Universidade Federal do Amazonas (ECOEM/UFAM). Para avançar no assunto, em sala de aula, explico o que a Comunicação eficaz, portanto, "na visão do professor da Universidade de São Paulo (USP), Izidoro Blikstein, no livro “Técnicas de comunicação escrita”, da Ática, de São Paulo”, é “tornar comum”, “persuadir” e “produzir respostas”. Tornar comum, do ponto de vista da Comunicação eficaz seria partilhar ideias com as demais pessoas; produzir resposta e receber de volta quilo que espera. Persuadir, no entanto, não significa que, em nome de um fim, os meios a serem usados sejam completamente despidos de respeito e dignidade. Não se pode, em nome do avanço da Ciência, desconhecer o respeito que se deve ter à dignidade da vida humana, por exemplo. Assim, como em uma campanha para a escolha dos dirigentes das Instituições, não se pode usar meramente da manipulação para se obter votos. O que tenho visto, nos corredores e nas tentativas de convencimento vindas dos "Operadores de Call-Center" de alguns candidatos é o tipo de comportamento mais torpe, vil e desumano: o da tentativa de destruição completa de qualquer traço de mérito e de dignidade do outro (ou da outra) para ocupar o seu lugar. Do cientista que não tem problemas de "leveza de caráter", espera-se comportamento ético, na pesquisa e fora dela. Como confiar, que alguém é digno se, ao sair do laboratório, ou sala de aula, comporta-se indignamente? É preciso fazermos a diferença clara entre os verbos manipular, persuadir e convencer, para saber qual o verdadeiro papel da Ciência e do cientista, na sala de aula, nos corredores, na Ufam, e, mais além, na comunidade. Nem todos os dicionários fazem essa diferença proposta. Muitos deles tratam os três verbos como se fossem sinônimos. Mas, não o são. O Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa, de Luiz Anttonio Sacconi, é cirúrgico nas definições:"manipular é 1 controlar ou operar com as mãos; 2 Influenciar ou dirigir (inescrupulosamente) pessoas, para obter o que delas se deseja. Persuadir é levar (alguém) a aceitar coisa diversa daquela que inicialmente desejava e convencer é levar (alguém) a reconhecer uma coisa mediante provas cabais e terminantes". Dentro de qualquer universidade, espera-se que a meta seja sempre o convencimento. Portanto, "levar alguém a reconhecer uma coisa mediante provas cabais e irrefutáveis". O que se pratica nos corredores ou às escondidas, é a manipulação cretina e torpe, vil e desonesta, na acepção mais nojenta, dicionarizada por Sacconi para o termo manipular: "2 Influenciar ou dirigir (inescrupulosamente) pessoas, para obter o que delas se deseja." Este será o critério fundamental que usarei para decidir tanto em quem votar quanto em quem não votar no processo de consulta para a reitoria da Ufam. Quem me convencer, leva meu voto. Quem, no entanto, tentar a cretinice de me manipular, terá, não só durante o processo, mas, ao longo da minha vida daqui para a frente dentro da Ufam, os meus nojo e asco.

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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

O linchamento público como questão de (des) honra


Talvez tenha sido ingenuidade demais da minha parte, ou, quem sabe, fui afetado pelo espírito natalino, ao escrever, no dia 22 de dezembro de 2013, neste mesmo espaço, a postagem "As relações no ambiente universidade", e ter sonhado que a escolha do reitor ou da reitora da Ufam, agora em 2013, seria enfim, uma disputa de propostas e ideias. Desde o momento que a atual reitora, Márcia Perales Mendes Silva, anunciou que seria candidata à reeleição, houve uma reação tão indignada e odiosa de parte do grupo que a apoiou na primeira eleição que  beira o linchamento moral. Há um trabalho contínuo, feito diuturnamente, que se assemelha a um comportamento obsessivo. É como se fosse uma questão de honra (a mim me parece uma questão de extrema desonra) ser o "senhor de todas as batalhas". Algo do tipo: ganho, e ninguém mais pode ganhar, qualquer consulta na Ufam enquanto eu for vivo. Após definirem uma candidatura que une o antigo reitor, Hidembergue Frota (antes acusado por grande parte dos membros do PT de ser PSDB), ao Partido dos Trabalhadores (PT), pelo que se recebe de telefonemas, é como se um "call-center" tivesse sido montado com o único objetivo: destruir reputações. Em duas disputas pela reitoria da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), fui vítima de sórdidas campanhas, baseadas em vilanias e maledicências típicas da canalhice de predomina entre alguns pares na Instituição. Terminei derrotado nas duas, mas, saí delas com uma convicção: combaterei diuturnamente, qualquer tipo de campanha, de chefe de departamento a reitor, que seja baseada no ataque pessoal (inclusive no ataque à família, como o fazem agora). Quero posições claras relativas, por exemplo, ao modelo de universidade que, afirmo e reafirmo, foi implantado nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso, refinado nos dois mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva e, aprofundado nos primeiros anos do Governo Dilma Rousseff. Temos o direito de saber o que pensam os candidatos a reitor sobre o uso desregrados dos recursos e equipamentos da universidade, que é pública, para a "prestação de serviços". É fundamental que deixem claro qual a posição, dos candidatos e dos grupos que representam, quanto à falta de condições de trabalho e a expansão desenfreada que, se ampliou vagas, ampliou, na mesma proporção, a necessidade de verbas para manutenção e custeio, que não vieram. Não posso aceitar que, às escuras, se viva como se fossem operadores de call-center a tentar apoio baseado na destruição do outro (ou da outra). Essa obsessão desmedida por destruir o outro me fez lembrar da tragédia ocorrida com a família Belota, quando, com requintes de crueldade, pai, tia, prima e até o cachorro da família foram trucidados. Não será o linchamento moral que se pratica hoje dentro da Ufam tão ou mais violento e chocante que o crime ocorrido na cidade? Não posso crer que sejamos exemplos para ninguém, muito menos para a sociedade, se aqui, intramuros, praticarmos uma espécie de Ultimate Fighting Championship (UFC) da Ufam. E o que é pior. Um UFC sem nenhuma regra mínima de respeito ao adversário. Terminada a consulta, vença quem vencer, seremos professores e técnicos a compartilhar com estudantes um ambiente no qual vale até golpe no fígado? Que sejamos menos obsessivos, menos doentes e mais respeitosos e dignos com todos os nossos pares. Que a disputa pela reitoria da Ufam não seja um UFC de décima quinta categoria é o que defendo. Ainda que, por mais que haja idolatrados e idolatrantes do UFC nos quatro cantos do planeta, eu não veja nenhuma luta. A mim me parece o nosso retorno à barbárie como civilização. É dever dos membros dignos da comunidade da Ufam lutar para que a consulta não se transforme em um UFC no qual mutilar o outro seja a regra básica.

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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A tragédia da irresponsabilidade jornalística


Não posso deixar de me indignar com a irresponsabilidade (para não dizer vilania) da mídia de Manaus. Também, fico a me perguntar: o jornalismo, em algum momento, será Ciência? Caso siga o que foi posto em prática no episódio que envolveu parte da família Belota, dúvidas não as tenho: jamais será Ciência. Muito menos um bom conjunto de técnicas. Se não, vejamos! A primeira versão sobre o que provocou a chacina da família, incluso o cachorro, foram "dívidas de jogo". Um vizinho, "que não quis se identificar", disse ao repórter de um dos jornais da cidade, imediatamente publicado na versão para a WEB, que uma das vítimas, que agora se sabe, o pai do acusado, "chegava muito tarde e era viciado em jogo". Indicadores do pior erro do jornalismo: a prática da "verdade" baseada em declarações. Como o morto "trabalhava com embarcações", ouvi versões, embora não-publicadas, de que poderia ser envolvimento com o "tráfico de drogas". Associação reforçada pela confirmação por parte do principal acusado, o filho do homem morto, de que é "usuário de drogas". Não demorou e os jornais publicaram, nas versões online, a versão de que o fato de um primo asfixiar a prima e depois degolá-la, matar o cachorro de estimação da família com a coleira, degolá-lo e, em seguida, pendurá-lo na parede como se fosse um quadro, para, em seguida, matar a tia, bem como descolar-se até a casa do pai e, também, degolá-lo, tinha sido em função de "ser vítima, na própria família", de preconceito pelo fato de ser homossexual. A última das versões que os jornais carimbaram como verdadeira foi: a motivação da chacina era a grana, uma herança, proveniente da venda de alguns barcos por parte do pai do principal acusado. Não contentes, baseados em sabe-se lá o quê, os jornais divulgaram que o avô do acusado, quando soube da tragédia "morrera enfartado". Fato: o avô está vivo. Houvesse um Código de Ética minimamente respeitado, todos os que divulgaram essas versões deveriam ser punidos. A tragédia da irresponsabilidade jornalística é tão, ou mais violenta e grave, que o ato praticado pelo acusado. Quem pratica crimes em série como as foram as especulações divulgadas, não precisa passar por um curso superior. E se o fez, a Instituição que os aprovou deveria cassar o diploma. Esse tipo de prática do jornalismo é condenável e deplorável para a sociedade. Oremos!

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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

A obviedade do MEC na Educação Superior


Não seria necessário criar uma Comissão especificamente para estudar os problemas do processo de expansão da universidade pública brasileira, especificamente o do Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), amplamente apontados na pauta de reivindicações dos professores da universidades públicas brasileiras, assim como é mais do que óbvio que o Brasil precisa ampliar o número de vagas, nas Instituições Públicas, para o Ensino Superior. O problema é deixar as declarações bombásticas, com as dadas pelo Ministro da Educação, Aluizio Mercadante, no do 14º Conselho Nacional de Entidades de Base (Coneb) da União Nacional dos Estudantes (UNE) e partir para ações efetivas que minimizem ou ponham fim ao problema. E isso não ocorrerá apenas com a expansão do número de vagas. Ou o Governo, mais precisamente o MEC, tomam medidas capazes de vencer o abismo de 20 anos sem investimento em custeio ou a Educação Superior do País terá o brejo como destino. E nem adianta se investir em declarações óbvias em congressos. É preciso ação e uma mudança de rota no modelo de universidade que aí está. Sob pena de morrermos por inanição.

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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Prazo prorrogado no Bolsa Universidade


O prazo para a entrega dos documentos de quem se inscreveu no Programa Bolsa Universidade, da Prefeitura Municipal de Manaus (PMM), que se encerrava hoje, foi prorrogado para o dia 23 deste mês, quarta-feira. Quatro dos cinco postos disponibilizados pela Prefeitura para a entrega dos documentos funcionarão em horário estendido, até às 19h30, sem intervalo para o almoço. É importante ressaltar que as inscrições feitas pelo Portal da Prefeitura só serão validadas após a entrega dos documentos exigidos. Os estudantes inscritos concorrem a 20 mil vagas no Programa.   Quem concorre às vagas na na Fametro, Nilton Lins, UniNorte e Ciesa deve se dirigir às próprias universidades e centros universitários para a entrega dos documentos necessários. Quem concorre às vagas nas demais Instituições (Dom Bosco, Fucapi, IAES, La Salle, Literatus, Martha Falcão, Materdei, Boas Novas e Maurício de Nassau), terá de se dirigir à sede do Programa Bolsa Universidade, localizada à Rua Fortaleza, Adrianópolis. Os postos de tenadimento do Bolsa Universidade instalados nas Instituições Fametro, Nilton Lins e UniNorte funcionam das 8h às 19h30. O posto do Ciesa funciona de 8h às 17h. É aconselhável que os estudantes que concorrem às vagas não deixem para a última hora. Embora tenha havido prorrogação do prazo, não se tem garantia de que haja nova prorrogação. Portanto, o melhor a se fazer é aproveitar essa chance de "respirar" e entregar os documentos exigidos até quarta-feira, dia 23 de janeiro de 2013.

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domingo, 20 de janeiro de 2013

MEC constata falta de condições de trabalho nas universidades


Seria cômico se não fosse trágico, mas, enfim, quatro meses após o fim da mais longa greve dos últimos tempos entre os professores e professoras das universidades públicas federais brasileiras, o Ministério da Educação (MEC) e o jornal Folha de S. Paulo, descobriram o porquê de termos feito a greve. A comissão mista que avalia o processo de expansão da universidade pública brasileira, especificamente o do Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) entregou ao Ministro Aloizio Mercadante Oliva o relatório final de um trabalho que começara há seis meses. E, basicamente, constatou os mesmos problemas da falta de condições de trabalho apontado pelos professores e professores na pauta de reivindicação que resultou na greve de 120 dias. A comissão indicou medidas a serem tomadas para garantir "um ensino de qualidade". Instituído em 2007, por decreto, o Reuni ampliou o número de vagas para o ingressos de estudantes nas universidades públicas brasileiras mas não ocorreu a expansão do número de professores e de técnicos na mesma proporção do crescimento do número de estudantes. A crise que a universidade brasileira enfrenta é resultado de 20 anos sem verbas para manutenção e custeio. Uma das proposições da comissão é que seja feito um resgate desse passivo. Sem muitos detalhes, pois só na próxima semana o relatório será disponibilizado no site do MEC, a comissão indica que o Reuni teve problemas exatamente por esbarrar na falta de verbas para custeio das universidades brasileiras. A comissão, criada em julho de 2012, foi composta por dois representantes do Ministério da Educação (MEC) e o mesmo número de representantes da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), da UNE e dos estudantes de pós-graduação do Brasil. Resta saber o que será efetivamente feito para que nós, professores e professoras, tenhamos condições dignas de trabalho, fato que, não ocorre, nesses últimos 20 anos.

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sábado, 19 de janeiro de 2013

Parfor: cinismo e cretinice na universidade brasileira


Parece haver um certo cinismo, quiçá não seja cretinice, na universidade pública brasileira. Durante a greve de 120 dias dos professores e professoras, grande parte da categoria fez discursos veementes contra o Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor). Hoje, porém, não sei a realidade das demais universidades brasileiras, mas, na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), a maioria absoluta dos professores viajou ao interior para ministrar disciplinas no Programa. Do ponto de vista financeiro, é uma mina. Além dos salários que recebem ao final do mês, professores e professoras que participam do Parfor são agraciados com a seguinte remuneração: para disciplinas de 40h, recebem quatro bolsas de R$ 1.300,00, ou seja, um total de R$ 5.200,00. Se a disciplina fora de 60h, são seis bolsas de R$ 1.300,00 durante seis meses, o que dá um total de R$ 7.800,00. Cada professor ou professora pode participar de até duas disciplinas. Para ter direito a uma das duas modalidades de bolsa o professor ou professora precisa passar 15 dias em uma cidade do interior do estado. Em 30 dias, um professor (ou professora) pode acrescer ao seu salário duas bolsas de até R$ 7.800,00, o que perfaz um total de R$ 15.600,00. Só que, para fazer jus a esse montante, professor ou professora devem deixar seus estudantes da sede sem, no mínimo, 30 dias de aulas, uma vez que não pode ministrar duas disciplinas, ao mesmo tempo, no Parfor. Até aqui, tocamos apenas na questão financeira. Nessa perspectiva, para professores e professoras mal-remunerados como somos, é o que se pode chamar de "mão na roda". Do ponto de vista pedagógico, porém, é a comprovação do cinismo, da cretinice e da mediocridade levados ao extremo. O mesmo professor que, na capital, ministra a disciplina em quatro meses e reprova a maioria da turma, sai para um Parfor, quando tem de ministrar até nove horas diárias da mesma disciplina e aprova todos os estudantes. Há algo de errado no reino da Dinamarca. Enquanto, em Manaus, dos 5.500 estudantes que ingressam na Ufam, 30% (trinta por cento) são reprovados, no Parfor, são 100% de aprovação. Oras, não se precisa ser nenhum ser inteligente para perceber que, do ponto de vista do Ministério da Educação (MEC) e da política pública em vigor, o melhor é que a universidade brasileira inteira se transforme em um grande Parfor. Para se chegar aos resultados exigidos pelo MEC, o melhor mesmo é que cada disciplina seja um Parfor. Imaginem o que seria um disciplina, em apenas 15 dias, com 100% de aprovação? É tudo o que o MEC quer. Depois de 15 dias os professores e professoras ficariam livres para desenvolver atividades de Pesquisa e Extensão. Se não somos crápulas e enganadores, o melhor modelo é o do Parfor que, em 15 dias, ministra uma disciplina de até 60 horas com 100% de aprovação. Não sejamos cretinos! Isso é um modelo que, pedagogicamente, é a maior enganação da universidade brasileira. Serve aos interesses eleiçoeiros do Governo Federal mas, do ponto de vista didático-pedagógico, é assumir a mediocridade como regra. Sejamos menos cretinos e assumamos que enganar estudantes e a população é a melhor política e criemos um Parfor para Manaus. Assim, cada disciplina da Ufam será oferecida em 15 dias com aprovação total. Em não sendo assim, peitemos o Governo Federal e não aceitamos esses programas que nos colocam em disputa constante com os colegas pelos minguados reais de remuneração. Sejamos, no mínimo, honestos conosco e deixemos de criticar esses programas "meia-bocas" do Governo. É o que se espera de quem realmente defende uma universidade pública, gratuita e socialmente referenciada. Quem se torna escravo desses programas como forma de complementar os salários não moral para criticar ninguém. E quem defende esse modelo nefasto de universidade que não me venha pedir apoio na candidatura para reitoria, Candidatos que representam e defendem esse modelo de universidade não terão o meu apoio. Defendo uma Ufam e uma universidade brasileira diferente deste modelo neoliberal que aí está. Reflitamos sobre esse modelo que usa programas como forma de engordar salários. Empurra para a morte da universidade pública brasileira e questiona qualidade dos cursos na capital. Reprovar aqui uma média de 30% de estudantes aqui em Manaus e aprovar o total no Parfor é cretinice. Que não aceitemos essa prática como normal.

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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Sacramentado o racha entre Perales e Frota na Ufam


O racha entre a atual reitora, Márcia Perales Mendes e Silva e o ex-reitor, Hidembergue Ordozgoith da Frota, que a indicou, foi sacramentado ontem. Depois de muitas idas e vindas, convites negados, feitos (aceitos e não aceitos), a turma comandada pelo ex-reitor, Hidembergue Ordozgoith da Frota, cujo principal articulador é o professor de Física, Marcílio Freitas, finalmente "fechou" uma chapa para a disputa da reitoria da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) este ano. O professor da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA), Henrique dos Santos Pereira, será o candidato a reitor, tendo como vice o professor do Instituto de Computação (Icomp), José Pio de Souza. Professores já começam a ser convidados a participar da primeira reunião da nova chapa, que ocorrerá no curso de Matemática. Padrinho político da atual reitora, Márcia Perales, Frota não quer mais nem ouvir falar na possibilidade de ela se reeleger. Aliás, devo um pedido de desculpas públicas aos demais professores do Departamento de Física da Ufam que não participam das articulações para esta "nova chapa". Há, no curso, professores não comungam das ideias do ex-reitor e não gostam nem de imaginar alguém nos corredores os confundindo com a "turma da Física", como aqui denominei. O certo é que, agora, três nomes já estão definidos para a disputa: a atual reitora, Márcia Perales, o recém-eleito diretor da Faculdade de Estudos Sociais (FES), Sylvio Puga, e o novo candidato do grupo apoiado pelo ex-reitor, Hidembergue Frota, Henrique Pereira. Mais certo ainda é que a campanha para a reitoria da Ufam nunca demorou tanto a ganhar os corredores. Como a listra tríplice deve ser enviada ao Ministério da Educação noventa dias (90) antes de terminar o mandato da atual reitora, no máximo, no início de abril, tudo já deveria estar resolvido. Sem falar que, por causa da greve, no dia 18 de abril o período letivo será iniciado. Corre-se o risco de uma consulta pública sem a participação efetiva, principalmente dos estudantes, e de grande parte dos professores que marcaram o início das férias para a segunda quinzena de abril. Será, com certeza, uma das mais atípicas consultas para a escolha que dirigirá a Ufam nos próximos quatro anos.

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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Tons de cinza nas eleições para os conselhos da Ufam


Sem nenhum tipo de trocadilho relacionado ao meu colega Antônio José Valle da Costa, o Tom Zé, membro da Comissão Eleitoral, mas, com uma bem-humarada relação entre o livro "50 tons de cinza" e a companhia de aviação, Azul Linhas Aéreas, é que começo a comentar o fato de ainda não se ter o resultado das eleições para a escolha dos representantes das unidades, nos três níveis, para os conselhos superiores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Por mais inusitado que possa parecer, e por isso comecei esta postagem com humor (para não chorar), a Azul Linhas Aéreas foi a responsável pela suspensão da divulgação do resultado das eleições para o Conselho Universitário (Consuni), para o Conselho de Administração (Consad) e para o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da Ufam. O leitor ou a leitora devem se perguntar:"mas como?". É difícil de acreditar, mas, a fusão da Azul com a Trip (lá me vem novo trocadilho) provocou uma confusão sem tamanho nas eleições da Ufam. É que a Azul se recusou a embarcar as urnas e os impressos relativos à eleição nos Campi da Ufam no interior do Estado. Os funcionários da empresa alegaram que "na fase de reestruturação" não transportam cargas, mas, apenas, passageiros. Com isso, as urnas não chegaram (e sabe-se lá quando vão chegar) em tempo para que a eleição ocorresse no mesmo dia na capital e no interior. A Comissão Eleitoral tomou, então, a decisão de lacrar as urnas com os votos da cidade de Manaus e depositá-la no cofre da Comissão de Vestibulares (Comvest) até que a votação seja realizada nas cidades do interior (Benjamin Constant, Humaitá, Coari e Parintins) a fim de que o resultado das eleições seja apurado no mesmo dia. A Azul, por mais incrível que isso possa parecer, terminou tirando o brilho (se é que houve brilho, uma vez que a participação dos três segmentos na votação foi pífia) do processo de escolha dos novos conselheiros do Consuni, do Consad e do Consepe da Ufam. Uma notícia dessas divulgada no dia em que a Instituição comemora (oficialmente) 104 anos é desanimadora.

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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Ministro da Educação recebe presidente do ANDES


A postura do Ministério da Educação (MEC) em relação ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) e do ANDES eu relação ao MEC parece ter dado uma guinada de 180 graus e mudado da água para o vinho. Depois de uma greve de 120 dias "suspensa" no fim de agosto do ano passado, o ministro Aloizio Mercadante Oliva reuniu-se ontem com a presidente do ANDES-SN, Marinalva Oliveira, que, à saída da reunião, disse ter havido avanços. O clima, nem de longe, se assemelha que vigorava durante a greve, quando o Governo Federal se negava a receber os professores e professoras em greve. A grande novidade revelada por Marinalva Oliveira é que o ministro da Educação assumiu que há necessidade de se estabelecer uma interlocução maior entre o MEC e a entidade representativa dos professores das universidades federais brasileiras e se comprometeu em marcar uma série de encontros para que as negociações iniciadas no período da greve sejam retomadas. Oliveira deixou claro que os professores das federais não se contentaram com o que foi aprovado no "acordo" que resultou na "suspensão" da greve e esperam avanços, este ano, na questão carreira e da falta de condições de trabalho. Que esse espírito de civilidade predomine e que o MEC reconheça as fragilidades do processo de expansão que houve e lute, juntamente com as entidades, para que o Governo efetivamente crie as condições necessárias para uma expansão seja boa para a comunidade, mas, que respeite, no mínimo, os direitos trabalhistas dos professores e professoras.

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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

O ménage a tróis de avatares e as Mídias Digitais



Grande parte das pesquisas (e dos textos delas advindos) sobre a Internet no Brasil e no mundo está contaminada pelo fetiche da tecnologia. E isso provoca equívocos que passam a se transformar em regra ao longo do tempo. Um dos mais graves, por exemplo, é utilizar a expressão "mídias sociais" como se significasse exatamente Twitter, Facebook e quetais. Há muito, no Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação (PPGCCOM) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e no Programa de Mídias Digitais (ECOEM/UFAM) mudamos essa abordagem. No ECOEM/UFAM (veja nosso portal ainda em fase experimental) não somos contaminados pelo fetiche da tecnologia. Entendemos que smartphones, tabletes e afins são "dispositivos móveis" por meio dos quais os usuários promovem experiências receptoras, tanto das mídias tradicionais (Rádio, TV, Jornal, Cinema), quanto das Mídias Digitais (todo o tipo de tecnologia digital que existe ou que venha a existir capaz de otimizar a circulação de informações digitalizadas). Acontece que nas Mídias Digitais tanto se pode ter experiência receptoras dos mídias tradicionais quanto da "nova mídia". Os dispositivos móveis são as plataformas, os dispositivos tecnológicos que servem de base para a recepção. Mais nada! Assim o é, também, com o que alguns teóricos chamam indistintamente de "redes sociais", "mídias sociais" e coisas do gênero. Os sites do Facebook, do Twitter, do FourSaquare e qualquer outra "rede" que surgir não passam de ferramentas. São o suporte tecnológico para que os usuários construam suas redes. A utilização a apropriação desses espaços sim se constituem em redes sociais. Na prática, há uma rede social para cada um dos usuários e em cada uma das plataformas que ele utilizar. Entendemos, portanto, que os dispositivos móveis e as Mídias Digitais só fazem sentido se auxiliarem a diminuir a solidão das pessoas. Se fizerem com que as pessoas, no mundo real, se encontrem mais e aprendam a transformar a vida em uma "tremenda curtição" como o fazem nos espaços individuais e nas redes (sociais) que criam nas Mídias Digitais. Em assim não sendo, terminam por criar um exército de solitários que não encontra mais prazer em outra coisa a não ser expandir o número de seguidores das vossas redes. Passam a praticar uma espécie de ménage a tróis de avatares. Com isso, os encontros e as interações virtuais ganham mais importância do que as trocas da vida real. Ou criamos um grupo de Internautas Anônimos (IA) para tratarmos coletivamente desse mal ou a prática do ménage a tróis de avatares será a marca registrada dessa geração de zumbis digitais. E nós, os pesquisadores da área, temos imensa responsabilidade para e com esses zumbis. Isso se já não formos um deles.

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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

A sedução dos pares: o grave equívoco de muitos doutores


Um dos maiores equívocos cometidos por grande parte dos doutores brasileiros, principalmente os que atuam em regiões menos desenvolvidas como a Amazônia, por exemplo, é o que convencionei chamar, nesta postagem de "a sedução dos pares". Embevecidos pelos critérios de extrema produtividade dos programas de Pós-graduação que os formam, doutoras e doutoras voltam para a Instituição de origem completamente esquecidos de algo basilar: sem cursos de graduação fortes, não se alimentam os cursos de pós-graduação. A sedução dos pares, portanto, é essa viseira que os impede de ver que há vida além da pós, dos artigos, dos capítulos de livros ou livros e dos critérios "Qualis qualquer coisa". Em alguns mais afoitos, a sedução dos pares, às vezes, os faz até exigir nem passar perto das salas de aula de graduação: só conseguem viver para o outro doutor ou a outra doutora. É um tipo de equívoco que gera uma cadeia de mediocridade que termina por desaguar nos próprios cursos de Pós-graduação que, como ocorre atualmente, encontram enormes dificuldades para selecionar candidatos. A continuar essa prática de abandonar os primeiros períodos dos cursos de graduação, a própria Pós-graduação brasileira pode morrer por inanição. É salutar para a Pós-graduação a pesquisa, os projetos, as descobertas. Não se pode, porém, ao voltar de um curso de Mestrado ou Doutorado, esquecer que o mundo ao nosso redor, principalmente na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) tem como matéria prima a graduação. Já ouvi de alguns doutores que, agora, a Ufam tem de se preocupar com a Pós-graduação e deixar que as particulares cuidem da graduação. Isso é um erro estratégico sem precedentes. Inclusive, porque, nos últimos, anos, tem sido essa a política pública para o setor. Dos Governos de Fernando Henrique Cardoso, passando pelos Governos de Luiz Inácio Lula da Silva e, agora, nos primeiros anos do Governo Dilma Rousseff. Aliás, com um pouquinho de acuidade, se pode perceber que a tal "sedução dos pares" recebe, por meio de editais e recursos das agências de fomento, incentivos constantes. Somos empurrados a participar dessa "corrida maluca" por verbas, incentivos e prêmios e não percebemos que os cursos de graduação, Brasil afora, padecem e tendem a fenecer. É nossa responsabilidade, quaisquer que sejam os nossos títulos, desarmar essa bomba-relógio, antes que sejamos todos mortos pela mesma doença: a que só nos deixa enxergar o próprio umbigo.

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domingo, 13 de janeiro de 2013

O complexo desafio de administrar uma universidade


Administrar uma universidade é tarefa muito mais complexa do que parece. E, no caso de uma universidade pública como o é a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) talvez a complexidade seja elevada ao cubo. O primeiro ponto, e, certamente, o fundamental, é que não se chega a dirigi-la sem a anuência da maioria da comunidade, composta por professores, técnicos e estudantes. Por conquista da própria comunidade, a escolha do reitor (ou reitora) é feita de forma direita, por meio de uma consulta pública. Embora não conste na Lei, transformou-se em regra que o Conselho Universitário (Consuni) referende o resultado da consulta. E, este ano, lá pelo mês de abril, novamente a comunidade da Ufam irá às urnas para se manifestar: ou pela continuidade do trabalho da atual reitora, Marcia Perales Mendes e Silva, ou pela troca por outro nome. Eis que surge o segundo ponto desta complexa forma de se decidir. Em tese, não se deveria votar em nomes, mas, em projetos construídos coletivamente. Acontece que há uma política pública de estado mínimo na Educação, implantada pelo Governo Federal, que torna os projetos praticamente idênticos. Qual universidade se quer? Pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada? Quem pode construir esta universidade? Muito provavelmente a própria comunidade. A conquista democrática do voto direito trouxe um problema: na Ufam como na vida, os candidatos são obrigados a fazer concessões na composição da chapa que vai "governar" a Instituição pelos próximos quatro anos. A consulta pública termina por se assemelhar a qualquer eleição. E é desse caldeirão de complexidade que surge o reitor (ou a reitora). No fim de tudo, essa complexidade termina por obrigar os administradores a praticar o que nem sempre gostam de fazer: o respeito às divergências, ao outro, ao pensamento contrário. Talvez isso enriqueça o processo. Afinal, a pratica democrática termina por apurar a própria democracia. Que o respeito à diversidade seja a regra na nova disputa que, em breve, ocorrerá, mas, que, já ganhou os corredores.

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sábado, 12 de janeiro de 2013

A resistência em se implantar uma política de segurança


As reclamações sobre a falta de segurança no Campus Arthur Virgílio Filho, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), temos de admitir, diminuíram muito. Há, porém, na comunidade universitária da Ufam, quiçá de todas as universidades brasileiras, uma resistência enorme contra qualquer tipo de política efetiva de segurança. Quando se fala em controlar a entrada e saída de pessoas do espaço físico do campus universitário, da esquerda à direita, passando pelo centrão, rufam tambores e bandeiras de todas as cores são levantadas contra o que se convencionou chamar de "cerceamento da liberdade". Às vezes me pergunto: de qual liberdade falam? Da liberdade de os assaltantes e violentadores sexuais circularem livremente pelo Campus? Essas dúvidas começam a surgir quando me faço outra pergunta: há, efetivamente, nas universidades brasileiras, pelo menos a liberdade para a circulação de ideias, para se fazer Ciência? Não ocorre nenhum tipo de patrulhamento ideológico nas Instituições de Ensino Superior (IES) do Brasil? Ora, se o patrulhamento político e de ideias circula livremente nas IES, embora, em muitos casos, use disfarces, por que, não se aceita discutir uma política de segurança que passe pelo controle efetivo da circulação de pessoas no espaço do Campus. Que a Ufam é do povo, não se pode discutir, no entanto, será que todos os membros da sociedade são conscientes de que devem preservar o patrimônio físico e humano da Instituição? O problema da segurança é tão secular quanto a própria Ufam. Deveria ser discutido mais profissionalmente e menos com o coração. Para que se tenha implantada uma efetiva política de segurança dentro do Campus.

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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Onde há fumaça há fogo sobre a sucessão na Ufam


Nos corredores, salas e cantinas circula a informação de que o ex-reitor, Hidembergue Ordozgoith da Frota, não aceita, como diria o meu querido amigo e colunista social, Gil (in memorian), "dividir o açaí" com a atual reitora, por ele indicada na última disputa pela reitoria da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), nem que os Macuxi dancem o Parixara. Há quem diga que as relações azedaram de vez quando Marcia Perales Mendes e Silva imprimiu um ritmo próprio à administração da Ufam e depositou na lata do lixo, as diretrizes deixadas pela administração anterior. Outros afirmam que o fato de ela ter se apresentado como candidata à reeleição desagradou o seu então "padrinho político". O certo é que, na Ufam, como na vida, criadores sempre imaginam que as "criaturas" serão permanentemente tutorados por eles. No caso da reitora Marcia Perales, parece ter feito o que prometera durante a campanha. Ela sempre fez questão de frisar que agradecia muito ao professor Hidembergue o fato de tê-la apoiado, mas, que ele não seria o reitor da Ufam e sim ela. Grande parte das pessoas que marcharam na oposição não acreditava, inclusive eu, que haveria independência em relação à administração anterior. É fato, porém, que as relações parecem estar completamente azedadas a ponto de "o grupo da Física", de acordo com os comentários, liderados pelo ex-reitor, não apoiar a reeleição de Marcia Perales e tentar um novo nome, que também não seja Sylvio Puga, eleito recentemente diretor da Faculdade de Estudos Socias (FES), cuja candidatura está posta desde a última consulta, ocorrida em 2009. O "grupo da Física" já teria sondado até a professora doutora Marilene Correa, que se negou peremptoriamente a se candidatar. Espera uma resposta do antigo Pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da "Era Ordozgoith", Altigran Soares da Silva, que avalia a possibilidade de ser ou não candidato à reitoria da Ufam. Ao invés de "o cachimbo da paz" ser usado, ao que parece, "a cobra vai fumar" na sucessão da Ufam. Do meu lado, sou candidato a representante do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) junto ao Conselho Universitário (Consuni) e não candidato a presidi-lo. Meu compromisso com o Programa de Mídias Digitais da Ufam (ECOEM/UFAM) me impede de pensar em qualquer outro tipo de candidatura. Pelo menos por enquanto!

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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Os ecos da centralização econômica na Educação


Ontem, neste mesmo espaço, com o título "A centralização econômica na Educação Superior brasileira" comentei sobre o problema da centralização econômica na Educação Superior. Deixei de lado, porém, a gravidade que é muito maior: os ecos da transformação da Educação em negócio nos Ensinos Médio e Básico. Voltamos a um ponto já abordado aqui no texto "A universidade não é o divã do mundo": quando a Educação se torna um negócio, passa a ser regida por metas de produtividade. E, para a Educação como negócio nos Ensinos Médio e Básico, qual a maior meta? Treinar (e não preparar) alunos (e não estudantes) para a aprovação no Vestibular ou quaisquer dos genéricos e similares hoje existentes. Forma-se uma cadeia que vai do Ensino Básico ao Superior, passando pelo Médio, para "amestrar" pessoas. Não se forma para a vida, para a convivência em sociedade. Forma-se para "passar no vestibular". E isso foi parar no inconsciente coletivo das famílias e dos núcleos familiares brasileiros. Há profissão além da universidade e a vida, a felicidade de alguém, não pode se resumir a "passar no vestibular". Retomo aqui uma provocação que sempre faço sobre os dois homens mais ricos do mundo (quiçá os mais felizes) Marck Zuckerberg e Bill Gattes. Os dois, para serem felizes (e ricaços) abandonaram Harvard, uma das mais famosas e respeitadas universidades do Planeta. Não quero aqui dizer que é preciso abandonar a universidade para ser feliz. Alerto apenas para o fato de que não se pode jogar para a universidade a responsabilidade por "te fazer feliz". Nem eu, professor Gilson Vieira Monteiro, nem a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) somos preparados e existimos somente para fazer alguém feliz. Cada ser é responsável pela construção do seu caminho e que a universidade, qualquer que seja, faça o possível para tornar melhor a vida das pessoas, da sociedade. Quando, porém, a Educação é mero negócio, o sistema inteiro padece e passa a adestrar pessoas. E seres humanos não foram feitos para serem meramente adestrados: existem para tirar da vida o máximo possível de felicidade. Pense nisso!

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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

A centralização econômica na Educação Superior brasileira


A nova lista das 38 Instituições de Ensino Superior (IES) divulgada pelo Ministério da Educação (MEC) no último dia 8 nas quais os cursos foram mal-avaliados, há uma "liderança" das mais incômodas e que deveria nos preocupar a todos, independentemente de sermos de IES públicas ou particulares, pois, ao que parece, reflete sério problema no próprio Sistema de Educação Superior do País. Quem poderia imaginar que a toda poderosa e respeitada Pontífice Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) apareceria a liderar, com sete cursos ruis, uma lista negativa do MEC? Mais grave: seguida da não menos poderosa e respeitada Pontífice Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Há ou não algo de errado no "Reino de Mercadante"? Fossem os cursos ruins detectados em "pardieiros" ou Faculdades e Centros de " fundo de quintal", não causaria surpresa. No entanto, quando escolas tradicionais (e olha que nem falei do Mackenzie) revelam, por meio de avaliações do MEC, que enfrentam problemas com professores e infraestrutura é porque algum movimento estratégico no próprio Sistema, certamente, foi equivocado. Não se sabe se a intenção era essa mesma, mas, ao que parece, a abertura para que grandes grupos internacionais investissem na Educação pública brasileira criou algo similar a um PAC-MAN, um dos primeiros jogos digitais de sucesso. No jogo, ganhava mais força quem mais "comia" os concorrentes. Embora confessional, a PUC é uma particular como outra qualquer. Sujeita, portanto, aos "ventos do mercado". E o mercado dos serviços educacionais brasileiros caminha para uma centralização sem limites, empurrado pelas políticas públicas. Isso gera uma crise financeira que afeta, inclusive, instituições mais robustas como as PUCs e o Mackenzie. Sem dinheiro para investir, os cursos perdem qualidade, logo, as Instituições passam a perder estudantes, entram na vala comum da mediocridade e vão terminar vendidas a um tubarão investidor do capital internacional ou a um grande grupo brasileiro. Tenho sérias dúvidas de que a centralização dos negócios educacionais nas mão de dois ou três grandes grupos, nacionais ou não, seja o melhor rumo para a Educação Superior brasileira. É problema dos mais graves e merece reflexão de todos nós!

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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Uma nova missão para quem atua em Pós no Brasil


Ontem, como membro da Comissão de Seleção de Mestrado do Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia (PPGSCA), tive a oportunidade de descobrir mais uma nobre missão de quem atua nos programas de Pós-graduação na Amazônia: acompanhante (unissex) de estudantes-candidatos ao banheiro. Não me senti nem menos "nobre", nem sem prestígio por exercer mais essa árdua missão a mim delegada pelas frias letras de um Edital. Depois de acompanhar mais de meia dúzia de estudantes mulheres e outra meia dúzia de estudantes homens ao banheiro fiquei a me perguntar: em qual aba da Plataforma Lattes lançar minha recente atividade? Sem constar no me Lattes, a atividade não contaria nenhum pontinho, nem para a meus índices de "produtividade" como professor do Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura (PPGSCA) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), nem para o próprio Programa. Como lançar no Coleta Capes? Como lançar uma atividade relativa ao ano de 2012 que, só agora, em 2013, está a se realizar? Será que meus colegas avaliadores da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) pontuariam tão complexa atividade acadêmica: acompanhar candidatos ao banheiro? Claro que não pontuariam. Nossos pares, professores e professoras que prestam serviços à Capes, às vezes, até sem nenhum tipo de remuneração, talvez não entendam que, no Amazonas (e na Amazônia), nós, que atuamos em programas de Pós-graduação, exercemos atividades que variam de coordenador a entregador de documentos, passando pelo exercício do secretariado do Programa. Em situações inusitadas, como essas, temos de acompanhar estudantes ao banheiro quando fazemos parte de uma Comissão de Seleção de candidatos. Não nos desmerece! Não nos diminui! No entanto, serve para ilustrar a forma como dividimos as atividades de "produção" artigos, capítulos e de livros, com atividades, digamos, assim, não menos acadêmicas. Por não serem ligadas diretamente ao processo de produtividade, são menos nobres? Claro que não. Acontece que não contam nada na avaliação. Por isso, são pouco concorridas e quase ninguém quer assumi-las nos programas. Como existirem os programas sem a maçantes atividades burocrático-administrativas que fazem parte de um processo de seleção? Talvez seja necessário reavaliarmos o próprio processo de avaliação dos programas. Centrar o peso de todo o processo da produtividade dos professores e dos estudantes prejudica o funcionamento, o dia após dia do próprio programa. E pode levá-lo a vivenciar crises internas insuperáveis. Talvez acompanhar estudantes ao banheiro seja tipicamente uma atividade das secretarias dos Programas. Um programa pode, porém, se dar ao luxo de fechar a secretaria durante uma tarde apenas para se dedicar ao processo de seleção? A complexidade das atividades que se interconectam é muito maior do que a nossa racionalidade administrativa consegue imaginar. É nosso dever, em alguns casos, encarar com bom-humor uma nova atividade, mas, não deixar de executá-la. Ainda que não seja reconhecida nem renda ponto no Lattes. Faz parte da vida acadêmica. Principalmente de quem atua nos programas na Amazônia. Ônus e bônus cintilam sobre nossos ombros.

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