domingo, 30 de dezembro de 2012

A universidade da lousa e do pincel atômico


Incomoda-me perceber que grande parte dos professores ainda sonha apenas com uma “universidade da lousa e do pincel atômico”. Incrível, mas, ainda há quem defenda a proibição do uso dos computadores e celulares na sala-de-aula e aceite, no máximo, o uso dos projetores de multimeios, conhecidos popularmente como data-shows. Enquanto a garotada navega quase diuturnamente nas Mídias Digitais e usa as redes sociais para promover os mais diversos tipos de encontros (e até desencontros), nós, os professores (e professoras), ao invés de pensarmos uma forma integrá-las (as Mídias Digitais e a garotada), maquinamos maneiras de proibi-las. Queremos barrar o uso de smartphones, tablets e computadores em sala de aula. Pois sabem o que defendo? Uma ampla, completa e irrestrita integração das salas de aulas atuais às Mídias Digitais. E que sejam usados todos os recursos multimidiáticos possíveis para tornar a sala de aula atual mais atraente. Que lutemos, no mínimo, para que as salas de aulas das universidades públicas brasileiras saiam definitivamente da era da “lousa e do pincel atômico” e passem, pelo menos, para a era das “lousas digitais”. Por que não pensar, por exemplo, a invés de oferecer “laboratórios de informática”, criar uma linha de crédito (no Bando do Brasil ou na Caixa Econômica Federal – ou nos dois) para que todos os estudantes que ingressem em uma universidade possam adquirir seu computador móvel? Seria uma espécie de programa “Um Computador por Estudante” (UCE). As universidades economizariam em verbas de manutenção de laboratórios e, certamente, um programa dessa magnitude, teria a adesão até dos bolsistas da própria universidade pelo baixo custo das máquinas e os benefícios ao processo de troca de saberes que elas provocariam. Mais que nos tornar seres políticos, as universidades deveriam nos devolver o prazer de sonhar. Até em voar, mesmo com asas postiças, coladas com cera. Cumpririam melhor o papel social para o qual foi criada. Que a ousadia seja premiada e não reprimida!

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

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