quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O neoliberalismo na Educação assumido pelo MEC


Durante anos fui até vítima da chacota e da raiva de alguns colegas professores por afirmar, e hoje reafirmo ainda mais, que a política neoliberal de o “Estado mínimo na Educação” brasileira foi implantada no Governo Fernando Henrique Cardoso, refinada no Governo Luiz Inácio Lula da Silva e aprimorada ainda mais no Governo Dilma Rousseff. O que me fez chegar a essa conclusão foi observar que, ao longo dos anos, pelo menos na Economia e na Educação, os governos do Partido dos Trabalhadores (PT) quando mudou alguma vírgula nas políticas do Governo FHC, foi para reforçar práticas neoliberais ou aprimorá-las. O cânone neoliberal passa pela privatização do ensino público, a fragmentação do trabalho docente e a perda da autonomia dos professores (e das próprias universidades). Se não incentivou o processo de privatização do ensino público de forma direta, como o fez FHC, Lula e Dilma, o privatizaram por dentro, à base de programas e competição via editais. Essa competição entre pares leva à fragmentação da carreira, faz com que a unidade da categoria dos docentes também seja fragmentada, sem falar na perda de autonomia dos professores, em função dessa própria competição e da precarização da carreira. Por defender e aplicar esse cânone de forma competente na Secretaria Municipal de Educação da cidade do Rio de Janeiro, Cláudia Costin foi indicada para a Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação. A se confirmar a ida de Costin para o MEC, confirma-se o viés neoliberal deste Governo. Alguém ainda duvida?

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.