domingo, 4 de novembro de 2012

Fies para Mestrado e Doutorado


O Governo Federal, por meio do Ministério da Educação (MEC) criou mais um mecanismo para por em prática a política de “o estado mínimo na Educação”. A partir do ano que vem o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) será ampliado e permitirá que estudantes financiem, a juros de pai pra filho, seus cursos de Mestrado ou Doutorado nas instituições particulares. Na prática, ao invés de investir nas universidades públicas, o Governo transfere recursos para a iniciativa privada. Há quem argumente que se trata de mais uma forma de criar oportunidades para que estudantes cursem Mestrado e Doutorado. Não deixa de sê-lo. No entanto, é o tipo de política, como o Prouni, por exemplo, pouco afeita aos governos ditos de “esquerda” ou “dos trabalhadores” como se autoproclamam. Era de se esperar que um Governo do Partido dos Trabalhadores (PT) não se utilizasse tão maciçamente de “políticas públicas neoliberais”. A medida, inegavelmente, auxiliará estudantes. No entanto, “dará uma mãozinha” muito maior às Instituições privadas, cujos cursos possuem mensalidades altíssimas e, muitos deles, encontram sérias dificuldades para “fechar turmas”. Com o Fies ampliado, essas Instituições respirarão um pouco mais aliviadas. Particularmente, entendo que a prestação de serviços educacionais pela iniciativa privada é uma atividade de risco como outra qualquer. Dessa forma, os programas de Mestrado e Doutorado devem mesmo ter mensalidades nada baratas a fim de manterem o negócio. Destinam-se, porém, àqueles que querem e podem pagar pelos cursos oferecidos. Financiá-los com dinheiro público não me parece a política pública mais correta. Sei que o tema é controverso e permite vários olhares. Que, pelo menos, as pessoas reflitam mais sobre o assunto.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

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Um comentário:

  1. Olá Gilson,
    Parabéns pelo Blog. Tenho acompanhado suas matérias rotineiramente e espero que continue publicizando as mazelas com a educação pública de nosso país.

    um forte abraço e a luta é contínua.
    Alexandre P. Machado
    FM/UFMT

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