Qualquer que seja o resultado da reunião de hoje entre o Governo
Federal e os professores das universidades e das escolas técnicas federais uma
coisa precisa ser levada em conta nas discussões por melhores condições de
trabalho: o Governo não arredará o pé uma vírgula de implantar esse modelo de
expansão irresponsável baseada no número de vagas para novas entradas. Para
mexer nele, o Governo teria de mudar toda a política pública e o modelo de universidade
até então implantado. E isso, por mais que a greve seja forte, movimento nenhum
ter força para resistir ad eternum. E é nisto que o Governo Federal aposta: matar
os grevistas no cansaço. Caso consiga alongar a greve à exaustão, estará
cumprido o acordo firmado com a bancada internacional de não repor a inflação
de nenhuma categoria de servidores. Essa intransigência do Governo pode gerar
um impasse de proporções sem tamanho. Negociar é avançar em alguns pontos e
recuar em outros. Acontece que, até agora, o Governo mexe, de forma enganosa,
em alguns pontos da primeira tabela salarial que apresentou e só. É enganosa a
ideia de que não há uma proposta de carreira nas tabelas até então
apresentadas. Há sim. Uma carreira baseada no produtivismo e que acentua as
distâncias entre as classes e os níveis num claro incentivo à criação de castas
e subdivisões dentro da própria carreira. E isso os professores e professoras não
podem aceitar. Enquanto esse impasse não for resolvido as negociações patinharão.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
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