quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Intransigência do Governo pode gerar impasse


Qualquer que seja o resultado da reunião de hoje entre o Governo Federal e os professores das universidades e das escolas técnicas federais uma coisa precisa ser levada em conta nas discussões por melhores condições de trabalho: o Governo não arredará o pé uma vírgula de implantar esse modelo de expansão irresponsável baseada no número de vagas para novas entradas. Para mexer nele, o Governo teria de mudar toda a política pública e o modelo de universidade até então implantado. E isso, por mais que a greve seja forte, movimento nenhum ter força para resistir ad eternum. E é nisto que o Governo Federal aposta: matar os grevistas no cansaço. Caso consiga alongar a greve à exaustão, estará cumprido o acordo firmado com a bancada internacional de não repor a inflação de nenhuma categoria de servidores. Essa intransigência do Governo pode gerar um impasse de proporções sem tamanho. Negociar é avançar em alguns pontos e recuar em outros. Acontece que, até agora, o Governo mexe, de forma enganosa, em alguns pontos da primeira tabela salarial que apresentou e só. É enganosa a ideia de que não há uma proposta de carreira nas tabelas até então apresentadas. Há sim. Uma carreira baseada no produtivismo e que acentua as distâncias entre as classes e os níveis num claro incentivo à criação de castas e subdivisões dentro da própria carreira. E isso os professores e professoras não podem aceitar. Enquanto esse impasse não for resolvido as negociações patinharão.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

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