quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Regulamentos, regimentos e a complexidade

É curioso que alguns nomes da universidade brasileira, bem como ocorre na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), se nos apresentem como estudiosos e defensores da chamada “Nova Ciência”. Teoricamente citam Edgar Morin, Fritjof Capra, Maturana, Varela e quetais. No processo de tomada de decisões, porém, seguem rigorosamente os regimentos e regulamentos. O tão propagado “olhar do pensamento complexo” é substituído por decisões lineares e rígidas, baseadas na letra morta da lei. Causa estranhamento alguém defender com unhas e dentes determinada visão de mundo, mas não praticá-la. Uma universidade autopoética, circular, deve testar formas administrativas mais ousadas, abertas, fora dos padrões tradicionais. Os regimentos e regulamentos precisam refletir essa visão de mundo diferenciada. Caso contrário, as pessoas que fazem parte da comunidade desconfiarão de que “a teoria, na prática, é outra coisa”. Decisões administrativas afetam permanentemente a vida da comunidade e das pessoas diretamente envolvidas nos processos. Devem ser tomadas, portanto, levando em conta a complexidade de cada atitude humana. Sem que as pessoas sejam o centro, as decisões serão sempre lineares, logo, nada processuais. Em assim não as sendo, portanto, nada complexas na prática. Reflitamos!

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