sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O contrato social em sala-de-aula

Ontem, comentei neste espaço, sobre o uso do celular em sala de aula. É preciso ficar bem-claro, e talvez isso não tenha sido dito ontem, que todo o processo educacional baseia-se no contrato social que se estabelece nos primeiros dias de aula, de convivência com a turma que se está a trabalhar. Antes de tratar do uso do celular, a primeira coisa que lembro a eles e a elas é que existem algumas “palavrinhas mágicas”: bom dia, boa tarde, com licença, por favor. Transparência e respeito, portanto, são a base desse contrato. Em seguida, deixo claro aos estudantes, que todos, inclusive eu, podemos ficar o aparelho ligado, claro, no modo silencioso. Devem, porém, se acostumar a só atender fora da sala e a pedir licença a mim e aos colegas da turma para se retirar da sala. É mais do que evidente que usam o aparelho, também, para, desrespeitosamente, por exemplo, tuitarem enquanto o professor ministra a aula. Sem que seja uma obrigação, procuro incentivar todos e todas a me seguirem nas mídias digitais. Quer no horário da aula quer fora dele, não há melhor forma de o professor avaliar seu desempenho. Já tive casos de estudantes que, sem nenhuma sensibilidade, queriam resolver problemas eminentemente de sala de aula no Twitter ou no Facebook. Mais uma oportunidade de explicar, didaticamente, que há problemas que podem sim, ser discutidos abertamente, outros, porém, devem ser discutidos apenas no grupo: entre os estudantes e o professor. Estabelecidos os limites da convivência respeitosa, tudo pode.

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