sábado, 24 de dezembro de 2011

A falta de ousadia das universidades

Uma herança deixada pelo governo FHC e refinada no governo Lula dará trabalho imenso aos educadores e pesquisadores: a universidade de viés tecnicista e formadora para o mercado. Insisto no tema por se tratar de uma época de avaliações: Natal e virada do ano. Também, é claro, porque essa universidade tecnicista que aí está, baseada no produtivismo e nos números de artigos produzidos a cada ano, não me agrada. Quero uma universidade ousada, que se volte para os grandes problemas da sociedade. Que não se limite a formar jovens para o exercício de profissões seculares. Penso que a universidade brasileira tem de ser inventiva, inovadora. Uma universidade que reconhece a arte, a música, as culturas como parte do processo de religação dos saberes. A universidade que não ousa configura-se como vanguarda do fracasso. E dessa universidade não quero fazer parte. Daí a minha rebelião intelectual contra o modelo vigente. Aliás, contra os próprios modelos. Quem disse que é preciso um modelo, um padrão de universidade? A universidade que ousa, que avança, que vence os conceitos e preconceitos, essa sim, talvez seja a universidade dos sonhos. A universidade a ser perseguida diuturnamente por nós.

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