segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Universidade que não experimenta, não avança

O que mais me incomoda no modelo de universidade vigente no mundo, e não apenas no Brasil, é a falta de ousadia, fruto, muito provavelmente, do pensamento cartesiano que divide o saber em determinadas gavetas. Essas gavetas, por mais que se pregue a multidisciplinaridade, não se intercomunicam, não conversam entre si. As disciplinas, engavetadas em si mesmas, são aprisionadas em “grades curriculares” que não permitem ao estudante, por exemplo, estudar. Na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), no curso de jornalismo, por exemplo, embora tenha sido aprovado que o estudante pode cursar até 300 horas de outras disciplinas da própria Ufam ou de qualquer outra universidade no Estado, há o limitar da falta de um convênio institucional com as outras universidades, mas, o pior deles: o da burocracia interna. É ela que impede os estudantes de cursarem mais de 23 créditos por período. Com isso, qualquer inovação morre burocraticamente. Universidade que não se permite novas experiências nos projetos pedagógicos ou em quaisquer das áreas, não avança. Empacaremos nessa burrocracia?

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