quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O silêncio da Reitoria é estranho

Autorizado pelo jornalista Anderson Vasconcelos, transcrevo a entrevista que dei ao Jornal da Adua intitulada “Quem é o verdadeiro agressor?”, um desabafo documentado da violência que sofro há mais de dois anos, não apenas física, mas moral. Eis mais duas perguntas:”Se a Universidade sabia que o dinheiro era fruto de uma negociação, ela poderia, em sua opinião, recusar-se a liberar os dados? Como já falei, naquele 10 de maio, eu expedi um ofício cobrando um posicionamento da instituição e ela não tomou nenhuma providência, não me respondeu nada. Isso é que me causa estranheza. É uma questão política? É porque eu fui candidato a reitor, duas vezes, contra esse grupo que está ai? Eu não sei. Eu queria ter uma resposta. “Professor Gilson, nós não temos nenhuma informação”, poderiam ter respondido. O ruim é não ter o retorno. O Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) também cobrou posicionamento da Universidade no dia 01 de outubro de 2010, solicitando resposta a respeito do caso. A Administração Superior nunca se dignou a responder nenhum dos ofícios emitidos por mim ou pelo Instituto. O senhor recorda das circunstâncias em que se deu esse episódio? Sobre o que o senhor estava falando exatamente naquele dia? A gente comentava a questão da retirada do nome do atual governador da CPI [da Pedofilia] e eu passei a falar sobre um capítulo da minha tese que trata sobre o atrelamento dos meios de comunicação ao poder do Estado. Mas os jornais fizeram um “auê” danado, dizendo que eu estava acusando todos de estarem vendidos. Aliás, eu não preciso afirmar nada disso: basta acompanhar a cobertura de então e de agora, sobre o caso. Agora, na imprensa local, saíram manchetes mentirosas dizendo que o professor Gilson tinha recebido R$ 15 mil do irmão do governador. Isso é uma grande mentira! É muito estranho que os profissionais de imprensa não façam nenhum tipo de verificação, apuração das matérias e, ao contrário, publiquem release encaminhado pela Assessoria de Imprensa do MPF/AM e ainda com uma manchete dessas! Também foi uma violência da imprensa contra mim, que sou professor de jornalismo, e contra a sociedade.”

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