terça-feira, 11 de outubro de 2011

Competição e colaboração na aprendizagem

Há que se mudar, definitivamente, a perspectiva do olhar em torno do processo de aprendizagem nas universidades brasileiras. Transformar o mercado, e não a sociedade, em foco das ações fez com que os professores criassem um ambiente e competição desenfreada entre si que prejudica sensivelmente a aprendizagem. O primeiro equívoco grave é querer criar dentro das universidades uma espécie de espelho do mercado, com todas as suas idiossincrasias e contradições. É impossível, e não é esse o papel da universidade, replicar dentro dela, o ambiente competitivo individual e de falta de colaboração típico do capitalismo de rapina e selvagem. A universidade tem de funcionar como uma incubadora de ideias e de soluções para os problemas da sociedade e não dos seus professores e pesquisadores. É salutar a competição, mais que isso a colaboração, que tenham como foco a solução de problemas sociais. Condenável, porém, é transformar a universidade brasileira em uma simples incubadora de empresas e de capitalistas de per si. Capitalistas menos vorazes e menos aves de rapina são bem-vindos e saudáveis para a sociedade. No entanto, a universidade brasileira precisa repensar esse caminho elitista e esse viés empresarial que contamina boa parte dos seus professores. Em não sendo assim, teremos uma universidade meramente utilitarista e da mais valia. A sociedade perderá com isso.

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