terça-feira, 6 de setembro de 2011

A universidade forma para a vida

Não se pode discutir os rumos da universidade brasileira sem, antes de tudo, pensar o modelo de universidade que queremos para o País. Há dois caminhos que devem ser bem-claro: ou partimos para uma universidade humanística, que dá uma base filosófica e prepara para o exercício pleno da cidadania e, como conseqüência, prepara sim, para o mercado; ou investimos apenas no modelo tecnológico e tecnicista, que forma “só para o mercado”. É reducionista demais pensar que a universidade serve apenas para “treinar habilidades”. Muito menos para pessoas meramente técnicas. Uma universidade de verdade tem de sentir orgulho em formar pensadores. Pessoas com habilidades técnicas sim, porém, capazes de repensar o modo de fazer, ou seja, a própria técnica. Em assim não sendo, a universidade deixa de cumprir seu papel social basilar de preparar para a cidadania. E, preparar para a cidadania, significa o pleno exercício da política, algo que, aos poucos, em função da ação direta dos partidos, foi eliminada da vida acadêmica. Sem o exercício da polícia é quase impossível formar para a cidadania.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.