quinta-feira, 16 de junho de 2011

Programas do Norte e do Nordeste lembrados na Compós

Sob o tema “Memória e perspectivas da pesquisa e da pós-gaduação no Brasil”, a mesa de presidentes da Compós encerrou os trabalhos do dia de ontem do XX Encontro Anual da Compós, no auditório da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação (Fabico) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Para nós, os programas do Norte e do Nordeste, o ponto alto foi quando o ex-presidente da Compós no biênio 2007/2009, Erick Felinto, criticou, de forma cortês, mas veemente, a uniformização das áreas de concentração e ressaltou os sopros de inovação dos programas do Norte e do Nordeste que quebraram a hegemonia da palavra “comunicação” como parte das áreas de concentração de todos os programas anteriores. “Falta refletir a diversidade na própria estrutura dos programas. Afora a Escola Superior de Propaganda e Morketing, que criou o programa em “Práticas de consumo”, temos alguma novidade nos programas do Norte e do Nordeste. Como “Perspectiva da pesquisa e da Pós-graduação no Brasil” na área de Comunicação, Erick Felinto, foi enfático:”devemos lutar para que a diversidade seja refletida nas áreas de concentração e nas linhas dos programas. É fundamental termos flexibilidade para pensar o novo e abandonar a nossa histórica timidez teórica. Precisamos ser mais inovadores. O novo surge com a diversidade e a multiplicidade. “Esse é o nosso maior desafio para os próximos anos.” Felinto já havia provocado a área no GT Comunicação e Cibercultura, ao apresentar o trabalho “Da teoria da comunicação às teorias da mídia ou, temperando a epistemologia com uma dose de cibercultura”, no qual critica polidamente a falta de ousadia generalizada no campo da Comunicação. A atual presidente da Compós, Itania Maria Mota Gomes, que deixa o cargo amanhã, apresentou um quadro com todos os 40 programas de Pós-graduação em Comunicação e suas respectivas áreas de concentração e linhas de pesquisa, confirmando a uniformização ao qual se referiu Erick Felinto. Ela citou nominalmente o caso da Universidade Federal do Pará (UFPA) com um dos que fogem ao padrão, ao criar o mestrado em “Comunicação, cultura e Amazônia” e ressaltou a inovação que os programas do Norte (como o PPGCCOM da Ufam) e do Nordeste trouxeram para a área, alertando, apenas, para os cuidados que se deve ter em não fragmentar a área. O XX Encontro Anual da Compós prossegue hoje com o segundo dia de apresentação de trabalhos nos 15 GTS.


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