quarta-feira, 4 de maio de 2011

Os estereótipos e pesquisa científica

Pré-conceitos e conceitos fazem parte da vida. Não deveriam ser surpresa na academia. Mas, ao criar o grupo de Pesquisa Linguagens, Mídia e Moda (Mimo), no Programa de Pós-graduação em Sociedade de Cultura (PPGSCA) o fiz com duas intenções fundamentais: provocar a academia com um novo olhar sobre a moda e fomentar grupos de pesquisa especificamente no PPGSCA, pois, na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), os programas multidisciplinares, como é o caso, não possuem grupos de pesquisa específicos. Imediatamente, a pergunta que não quer calar: “mas, professor Gilson Monteiro, o senhor pesquisando moda?” Não duvidem! Essa foi a pergunta de uma estudante. Dei uma gargalhara e provoquei de novo: “você não gostaria de refazer a pergunta? Mas, professor Gilson Monteiro, o senhor, um hetero, pesquisando moda?”. Nem precisa dizer que ela ficou completamente sem jeito. Certamente, tanto ela quanto grande parte das pessoas não sabe que o universo da moda, em tempos não muito idos, era dominado pelos homens. Um universo, aliás, de extremo machismo. Escrevo sobre comportamento e, especificamente sobre moda, há mais de 10 anos. Sou um dos pensadores brasileiros mais referenciados na área de moda. Sou citado ao lado de Roland Barthes, Umberto Eco, Jean Boudrillard, Michael Mafesoli, Nestor Garcia Canclini, Gilles Lipovetisky entre outros. E pesquisador com bolsa de Produtividade, Desenvolvimento Tecnológico e Extensão inovadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), nível 2. Pouco reconhecido entre os colegas e estudantes como pesquisador de moda, mas, reconhecido internacionalmente, apesar dos pré-conceitos. Bem, quem quiser conhecer o Mimo (http://mimoufam.blogspot.com/) saberá o trabalho de pesquisa que desenvolvemos.

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